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Tipo do documento: Dissertação
Título: Tradição e inovação são passos de uma mesma dança?: o convívio multigeracional no ambiente corporativo.
Autor: Cavalcante Filho, Pedro Pereira 
Primeiro orientador: Francisco, Ana Lúcia
Primeiro membro da banca: Barreto, Carmem Lúcia Brito Tavares
Segundo membro da banca: Silva Sobrinho, Jorge Gomes da
Resumo: Cenário: O mundo cada vez mais contraditório e complexo exige lideranças inovadoras que encontrem caminhos para possibilitar a solução dos graves problemas que afetam os indivíduos, as organizações e a sociedade. Esse mundo em ebulição, provocado por mudanças à velocidade foguete, tem legado, dentre outros sofrimentos, uma sensação de angústia que se reflete nas relações do ser humano. Ao mesmo tempo surge a quarta revolução industrial, que tem projetado uma transformação contundente nas formas de se viver, de sonhar, de desejar e, de modo específico, nas formas de se trabalhar e o próprio sentido do trabalho. Nessa direção, os avanços tecnológicos impõem às empresas uma nova maneira de atuar no mercado e novas estratégias para mitigar os impactos que possam ocorrer nas relações profissionais. Observa-se em atividade no mundo corporativo, gestões que remontam a quatro gerações: Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964), X (nascidos entre 1965-1980), Y (nascidos entre 1981 e 1997) e Z (nascidos a partir de 1998). Diante dessa configuração da força de trabalho são crescentes os desafios para os gestores no desenvolvimento de equipes multigeracionais para trabalharem em sintonia com os objetivos empresariais. A partir desse contexto, o objetivo deste trabalho, de modo geral foi o de compreender os movimentos que se dão no mundo corporativo, considerando, sobretudo, o encontro multigeracional e as pressões exercidas pelas sucessivas revoluções industriais. Especificamente procuramos historicizar o mundo do trabalho e suas revoluções significativas; cartografar os movimentos que se dão no convívio multigeracional e problematizar o mundo do trabalho a partir dos impactos provocados pelas sucessivas revoluções industriais nas corporações. Para subsidiar o campo-tema objeto deste estudo, realizamos uma pesquisa de natureza qualitativa, transversalizada por diretrizes cartográficas. As entrevistas narrativas foram realizadas online com oito profissionais que atuam em duas empresas privadas. O diário de campo foi também recurso utilizado, cujas narrativas co engendraram com as dos participantes, a experiência descrita nesta dissertação. As produções narrativas foram iluminadas pelos aportes teóricos de Gilles Deleuze, Felix Guattari. Resultados e Discussão: Das entrevistas emergiram seis planos de análise: Plano 1 Convívio multigeracional: sinais de conflitos? Plano 2 Poder, autoridade e hierarquia: encontro entre gerações; Plano 3 Aprendizagem: há potência no encontro multigeracional? Plano 4Tecnologia: facilidades e dificuldades para as gerações; Plano 5 Choque pandêmico e Home - oficce: subjetivações provocadas pela Covid 19. Os participantes sugerem que existem conflitos nas empresas, embora não se apresentem em níveis de gravidade que possam impactar a dinâmica dos grupos. A aprendizagem dos profissionais ocorre tanto de modo formal como informal. Em relação às novas tecnologias, observou-se a dificuldade das gerações mais antigas, principalmente, os Baby Boomers e a facilidade com que as gerações mais novas, notadamente a geração Z manuseiam os ferramentais tecnológicos. A pandemia da Covid 19 provocou dificuldades para os profissionais quanto aos seus espaços privados serem transformados de um momento para outro em espaço laboral. No que diz respeito ao trabalho em home office, a jornada laboral, para alguns participantes, assumiu praticamente as horas que eram dedicadas ao lazer, às refeições e ao cotidiano familiar. Os participantes apontam como principais características das empresas o respeito entre pares e gestores e as trocas de experiencias entre as diversas gerações. Considerações Finais: embora, a literatura apontasse, quase como imperativo, que o encontro de gerações no ambiente laboral provocava conflitos adversos, não foi o que encontramos em nossa pesquisa. Nas empresas percebe – se que os conflitos existem de modo diluído. As relações entre os participantes, seus pares e gestores primam por um ambiente laboral onde permeia um clima organizacional respeitoso, cooperativo e saudável, apontando que as empresas valorizam o ser humano.
Abstract: Background: A world of increasing complexity and ambiguity requires the existence innovative leaders who can find ways of solving the serious problems that affect individuals, organizations and society. This tumultuous world, brought about by the breakneck speed of transformation, has given rise, among other afflictions, to feelings of anxiety, which are reflected in human relations. At the same time, the world is undergoing a fourth industrial revolution, which envisages far-reaching changes in the way we live, hope, dream, and, more specifically, in the way we work and the very meaning of work itself. Technological advances thus oblige companies to adopt new ways of operating in the market and new strategies for mitigating the impact on relations at work. Some work teams now straddle four generations: Baby Boomers (born between 1946 and 1964), Generation X (1965-1980), Generation Y (1981-1997), and Generation Z (born after 1998). This new configuration of the work force is increasingly posing challenges for managers who are charged with building multigenerational teams to work together to achieve the company’s goals. The aim of the present study is thus to provide an overview of recent developments in business, focusing in particular on multigenerational relations and the pressure exerted by successive industrial revolutions. More specifically, the aim is to historicize the world of work and the major revolutions it has undergone; to map the trends being generated by this coexistence of multiple generations; and to examine the issues caused for the world of work by this succession of industrial revolutions. We thus carried out a qualitative, cross-sectional study guided by cartography. The narrative interviews were conducted online with eight members of staff from two private companies. A field diary was also used to produce narratives, which, together with those of the participants, were used to describe the experience examined by this study. The theories of Gilles Deleuze and Felix Guattari were employed to shed further light on these narratives. Results and Discussion: Six planes of analysis emerged from the interviews: Plane 1 -- Multigenerational Coexistence: signs of conflict; Plane 2 -- Power, Authority and Hierarchy: intergenerational relations; Plane 3 -- Lessons Learnt: the potential of the meeting of generations; Plane 4 -- Technology: generational facilities and difficulties; Plane 5 -- The Shock of the Pandemic and Home-oficce: modes of subjectivization in the wake of COVID 19; The participants indicated that conflicts do exist at work, but are not serious enough to affect the group dynamic. Staffmembers acquire knowledge both formally and informally. It was found that older generations, principally the Baby Boomers, experienced difficulty with new technology, while younger ones, especially Generation Z, exhibited great facility in this regard. The COVID-19 pandemic posed a challenge for staff insofar as their homes were transformed from one moment to the next into a workspace. For some participants, working from home has meant that working hours encroach upon leisure time, meals, and family life. The main characteristics of the companies reported by participants were respect for managers and peers and intergenerational exchange of experience. Concluding Remarks: although it is often dogmatically stated in the literature that intergenerational relations at work give rise to deleterious conflict, this was not the finding of the present study. In the companies covered here, only low-level conflict was found. Relations with peers and managers are characterized by a working environment pervaded by a healthy corporate culture of co-operation and respect for fellow human beings.
Palavras-chave: Dissertações
Psicologia organizacional
Conflito de gerações
Ambiente de trabalho
Dissertations
Organizational psychology
Conflict of generations
Ambiente de trabalho
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Católica de Pernambuco
Sigla da instituição: UNICAP
Departamento: Departamento de Pós-Graduação
Programa: Mestrado em Psicologia Clínica
Citação: CAVALCANTE FILHO, Pedro Pereira. Tradição e inovação são passos de uma mesma dança? o convívio multigeracional no ambiente corporativo. 2020. 139 f Dissertação (Mestrado) - Universidade Católica de Pernambuco. Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica. Mestrado em Psicologia Clínica, 2020.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Endereço da licença: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/
URI: http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1380
Data de defesa: 14-Dez-2020
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