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dc.creatorAraújo, Anderson Barbosa de-
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/9125955493597340por
dc.contributor.advisor1Barros, Paula Cristina Monteiro de-
dc.contributor.referee1Neves, Tiago Iwasawa-
dc.contributor.referee2Passos, Maria Consuelo-
dc.date.accessioned2021-08-25T13:42:58Z-
dc.date.issued2021-03-01-
dc.identifier.citationARAÚJO, Anderson Barbosa de. A depressão como marca do mal-estar contemporâneo e sua relação com a experiência do tempo e da transitoriedade. 2021. 159 f Dissertação (Mestrado) - Universidade Católica de Pernambuco. Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica. Mestrado em Psicologia Clínica, 2021.por
dc.identifier.urihttp://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1463-
dc.description.resumoA depressão parece representar, na contemporaneidade, uma das formas hegemônicas de sofrimento psíquico. Dados da OMS de 2018 mostram que, em todo o mundo, são mais de 300 milhões de pessoas, de todas as faixas etárias, em depressão. No presente estudo, destacamos a importância, para além da perspectiva psicopatológica, de situar o discurso sobre a depressão no campo psicanalítico, a partir de um paradigma ético e político, sobre a verdade do sujeito. Diante disso, o objetivo geral desta dissertação de mestrado foi investigar a depressão enquanto marca do mal-estar contemporâneo e sua relação com as experiências do tempo e da transitoriedade. O motor para essa reflexão foi a escuta de Esther Greenwood, personagem do romance A redoma de vidro, obra publicada em 1963, pela autora Sylvia Plath. Diante desse material, o recurso metodológico desta pesquisa foi a construção do caso clínico, visando os elementos de real que despontam na experiência e que colocam em questão o objetivo proposto, permitindo uma articulação teórica com o que a literatura apresenta, principalmente nas figuras de Freud e Lacan, além de outros autores contemporâneos. A história de Esther nos permitiu apontar a depressão como um condensador do mal-estar atual, permitindo entrever questões fundamentais da condição humana, a exemplo da verdade subjetiva, da perda, do suicídio, do desamparo. Constatou-se que a depressão, tal como a melancolia na época de Freud, tem um papel de revelação de questões centrais. Também se observou como os sujeitos deprimidos apresentam-se como resistentes, ao mesmo tempo que produto, da racionalidade neoliberal vigente, que, impondo à subjetividade o modelo empresarial, promove um processo de gestão do sofrimento psíquico. Como um resto da operação, o sujeito deprimido parece se apresentar numa posição contrária, até mesmo insurgente, diante dos imperativos de gozo da pressa e da produtividade, experimentando uma temporalidade própria, marcada por uma rejeição à corrida pelo autoaperfeiçoamento. Consideramos que a experiência com a vida e a morte nesses sujeitos também se mostra contracorrente, uma vez que o sujeito deprimido, em seus discursos, expõe a finitude, a transitoriedade de todas as coisas, a morte enquanto horizonte possível, levando essa questão, muitas vezes, para o campo ético sobre o sentido último da existência. Por fim, o que se conclui é que a depressão aparece como um resto, ou até mesmo um efeito, da subjetivação vigente, ao mesmo tempo em que revela a impossibilidade dessa racionalidade de dar conta do que é demasiadamente humano, isto é, o ponto mais íntimo de cada um, lugar onde os imperativos cedem e onde a escuta é demandada.por
dc.description.abstractDepression seems to represent one of the hegemonic forms of psychological suffering in contemporary times. The WHO data from 2018 shows that, worldwide, there are more than 300 million people of all age groups in depression. In the present study, we highlight the importance, beyond the psychopathological perspective, of placing the discourse on depression in the psychoanalytic field, from an ethical and political paradigm, on the subject's truth. Therefore, the general objective of this master's thesis was to investigate depression as a mark of contemporary discontent and its relation with the experiences of time and transience. The engine for this reflection was listening to Esther Greenwood, a character in the novel The Bell Jar, a work published in 1963 by the author Sylvia Plath. In view of this book, the methodological resource of this research was the construction of a clinical case, oriented at the elements of real that emerge in the experience and that question the proposed objective, allowing a theoretical articulation with what the literature presents, mainly in the figures of Freud and Lacan, in addition to other contemporary authors. Esther's story allowed us to point out depression as a condenser of current discontent, allowing us to glimpse fundamental questions of the human condition, such as subjective truth, loss, suicide and helplessness. Depression, like melancholy in Freud's day, was found to have a role in revealing central issues. It was also observed how the depressed subjects present themselves as resistant and as a product of the current neoliberal rationality which promotes a process of managing psychological suffering, imposing subjectivity on the business model. As a remnant of the operation, the depressed subject seems to present himself in a contrary position of the juissance’s imperatives of enjoyment and productivity, experiencing his own temporality, marked by a rejection of the race for self-improvement. We consider that the experience with life and death in these subjects also proves to be countercurrent, since the depressed subject, in his speeches, exposes finitude, the transience of all things, death as a possible horizon, directing this question to the ethical field about the ultimate meaning of existence. Finally, it is concluded that depression appears as a remnant or even an effect of the current subjectivation, at the same time that it reveals the impossibility of this rationality to apprehend for what is too human, in other words, the point most intimate of each subject, a place where imperatives give way and where listening is demanded.eng
dc.description.provenanceSubmitted by Biblioteca Central (biblioteca@unicap.br) on 2021-08-25T13:42:58Z No. of bitstreams: 2 Ok_anderson_barbosa_araujo.pdf: 1017188 bytes, checksum: 8e7871f5b1dfa18d0a4b64164dfa84ad (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5)eng
dc.description.provenanceMade available in DSpace on 2021-08-25T13:42:58Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Ok_anderson_barbosa_araujo.pdf: 1017188 bytes, checksum: 8e7871f5b1dfa18d0a4b64164dfa84ad (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2021-03-01eng
dc.description.sponsorshipCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESpor
dc.description.sponsorshipConselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqpor
dc.formatapplication/pdf*
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Católica de Pernambucopor
dc.publisher.departmentDepartamento de Pós-Graduaçãopor
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.initialsUNICAPpor
dc.publisher.programMestrado em Psicologia Clínicapor
dc.rightsAcesso Abertopor
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/-
dc.subjectDissertaçõespor
dc.subjectDepressãopor
dc.subjectPsicanálisepor
dc.subjectPsicopatologiapor
dc.subjectDissertationseng
dc.subjectDepressioneng
dc.subjectPsychoanalysiseng
dc.subjectPsychopathologyeng
dc.subject.cnpqCIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIApor
dc.titleA depressão como marca do mal-estar contemporâneo e sua relação com a experiência do tempo e da transitoriedade.por
dc.typeDissertaçãopor
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