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Tipo do documento: Dissertação
Título: Diagnóstico precoce do transtorno do espectro autista leve e sua relação com a crença de autoeficácia.
Autor: Cerqueira, Helena Ferreira 
Primeiro orientador: Santana, Suely de Melo
Primeiro membro da banca: Schuller, Emily
Segundo membro da banca: Melo, Paulo de Tarso Monteiro de Albuquerque
Resumo: A partir da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, DSM-5, em 2013, muitos indivíduos anteriormente diagnosticados com Síndrome de Asperger (SA) passaram a receber um diagnóstico de TEA sem comprometimento intelectual. Desde essa modificação, tem sido levantadas preocupações de que muitas crianças que antes seriam diagnosticadas com SA poderiam não ser mais consideradas como tendo o diagnóstico ou que elas poderiam ser diagnosticadas ainda mais tardiamente. Tal atraso diagnóstico pode impactar no desenvolvimento da autoeficácia dos indivíduos acometidos pelo transtorno. As crenças de autoeficácia regulam o funcionamento humano por meio dos processos cognitivos, motivacionais, afetivos e decisionais. Elas consistem no julgamento que a pessoa faz sobre sua capacidade de empreender um conjunto de ações necessários ao alcance de seus objetivos. Desse modo, influenciam se os indivíduos pensam de maneira autoincentivadora ou autoenfraquecerdora e o quão bem eles se motivam e perseveram diante das dificuldades. Ao buscar correlacionar crença de autoeficácia percebida e diagnóstico precoce de TEA, pretende-se evidenciar a importância do rastreio e devolutiva diagnóstica ainda na primeira infância para contribuir com o desenvolvimento e adaptação dos indivíduos à sociedade. Nesse sentido, nossa hipótese é que o diagnóstico do TEA na infância favorece uma crença de autoeficácia mais elevada na vida futura, uma vez que após estabelecido o diagnóstico, o tratamento psicoterápico tende a ser prontamente estabelecido. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva de corte transversal. A amostra, por conveniência, foi obtida através de ampla divulgação entre profissionais de saúde mental da rede privada que tem expertise com o público alvo da pesquisa. Os critérios de inclusão dos participantes foram ter suspeita ou diagnóstico de TEA leve e já terem sido testados por algum teste de QI padronizado previamente, comprovando QI>70.O critério de exclusão foi não obter a confirmação diagnóstica através do teste ADOS-2(Autism Diagnostic Observation Schedule, Second Edition). Para a realização da coleta de dados, foi aplicado um questionário sociodemográfico. Foram selecionados 34 indivíduos (entre 11 e 55 anos) de ambos os sexos. O nível socioeconômico da amostra é de uma população classe média e alta. A confirmação do diagnóstico de TEA foi feita através da avaliação do exame mental por psiquiatra com expertise em TEA e aplicação do instrumento diagnóstico ADOS-2, por profissional (fonoaudióloga), devidamente capacitada e credenciada. Além disso, foi aplicada a Escala de Autoeficácia Geral Percebida (EAGP). Dois participantes precisaram ser excluídos da pesquisa por não pontuarem o score diagnóstico de TEA na escala ADOS. Ao todo, foram 3 encontros: um com a psiquiatra para aplicação do questionário sociodemográfico e EAGP e dois com a fonoaudióloga para aplicação do ADOS-2. O Alfa de Cronbach do estudo foi mensurado, no sentido de avaliar a consistência interna do instrumento utilizado. A correlação entre as variáveis (autoeficácia percebida e idade do diagnóstico) foi avaliada por meio do cálculo do Coeficiente de Correlação de Spearman e do Coeficiente de Correlação de Kendall, com os respectivos testes estatísticos de significância. O coeficiente de correlação de Kendall indicou uma correlação positiva e significativa. As mesmas conclusões foram obtidas para o coeficiente de correlação de Spearman. Conforme previsto, concluímos então que há uma relação positiva entre diagnóstico precoce de TEA e maior crença de Autoeficácia Geral Percebida na vida adulta.
Abstract: Since the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders V (DSM V) in 2013 many individuals previously diagnosed as Asperger's Disorder have now received a diagnosis of ASD without intellectual impairment. Since then, concerns have been raised that, as a result of the new guidelines, many children who previously have been diagnosed with Asperger's Disorder may no longer be considered to have the diagnosis or that they may be found even later. Self-efficacy beliefs regulate human functioning through cognitive, motivational, affective and decision-making processes. They consist of the judgment that a person makes about their ability to undertake a set of actions necessary to achieve their objectives. In this way, they influence individuals' thinking in a self-encouraging or self-weakening way and how well they motivate themselves and persevere in the face of difficulties. By seeking a correlation between perceived self-efficacy beliefs and early diagnosis of ASD, we intend to highlight the importance of screening and diagnosis in early childhood to contribute to the development and adaptation of individuals to society. In this sense, our hypothesis is that the diagnosis of ASD in childhood favors a higher self-efficacy belief in future life, since after the expected diagnosis, psychotherapeutic treatment tends to be provided in a practical way. This is a retrospective cross-sectional research. A sample, for convenience, was obtained through wide dissemination among private mental health professionals who have expertise with the target audience of the research. The inclusion criteria for participants were having a suspicion or diagnosis of mild ASD and having already been tested by a previously standardized IQ test, proving an IQ >70. 34 individuals (between 11 and 55 years old) of both sexes were selected. The socioeconomic level of the sample is that of a middle and upper class population. Two participants had to be excluded from the research because they did not score the ASD diagnosis on the ADOS scale. To carry out data collection, a sociodemographic questionnaire was applied. Confirmation of the diagnosis of ASD was made through the evaluation of the mental examination by a psychiatrist with expertise in ASD and application of the diagnostic instrument: Autism Diagnostic Observation Schedule, Second Edition (ADOS-2), by a professional (speech therapist), duly trained and accredited. In addition, the Perceived General Self-Efficacy Scale (EAGP) was applied. In total, there were 3 meetings: one with the psychiatrist to apply the sociodemographic and EAGP questionnaire and two with the speech therapist to apply the ADOS-2. The study's Cronbach's Alpha was measured, without meaning to evaluate the internal consistency of the instrument used. The correlation between the variables (perceived self-efficacy and age of diagnosis) was evaluated by calculating Spearman's Correlation Coefficient and Kendall's Correlation Coefficient, with the respective statistical tests of significance. Kendall's radiance coefficient indicated a positive and significant association. The same conclusions were obtained for the Spearman projection coefficient. As predicted, we concluded that there is a positive relationship between early diagnosis of ASD and better Perceived General Self-Efficacy in adult life.
Palavras-chave: Dissertações
Transtornos do espectro autista
Autismo
Dissertations
Autism spectrum disorders
Autism
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Católica de Pernambuco
Sigla da instituição: UNICAP
Departamento: Departamento de Pós-Graduação
Programa: Mestrado em Psicologia Clínica
Citação: CERQUEIRA, Helena Ferreira. Diagnóstico precoce do transtorno do espectro autista leve e sua relação com a crença de autoeficácia. 2024. 77 f. Mestrado (Dissertação) - Universidade Católica de Pernambuco. Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica. Mestrado Profissional em Psicologia Clínica, Recife, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1892
Data de defesa: 15-Mar-2024
Aparece nas coleções:Psicologia Clinica

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