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Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1930
Tipo do documento: Tese
Título: Espiritualidade, saúde integral e complexidade: faces e interface.
Autor: Fonseca, Marcos Lucena da 
Primeiro orientador: Vasconcelos, Sérgio Sezino Douets
Primeiro membro da banca: Aragão, Gilbraz de Souza
Segundo membro da banca: Souza, José Tadeu Batista de
Terceiro membro da banca: Menezes, Anderson Alencar
Quarto membro da banca: Alves, Maria Jeane dos Santos
Resumo: Partimos da acepção que o ser humano não é dual -mente e corpo-, mas multidimensional. Edgar Morin é um dos grandes pensadores cujas defesas adquiriram grande importância diante das novas demandas de compreensão e ação decorrentes dos problemas que cercam o ser humano. Neste sentido, o presente estudo reconhece a importância dos princípios de Edgar Morin, especificamente sua compreensão acerca do humano, para um entendimento da complexa compreensão da saúde, enquanto integral, ao nível Gestalt-terapêutico. O paradigma de complexidade de Edgar Morin implica fortes relações entre conceitos que envolvem cérebro-mente-espírito, que direcionam discursos e saberes em um contexto de relações conscientes e intencionais em prol do bem-estar humano. A saúde integral propõe uma mudança radical em torno dos problemas sociais e supera o pensamento simplificador que tende a equalizar o conhecimento investigativo e o conhecimento entre coisas e pessoas, ou seja, entre o social e o não-social, especialmente no que tange à concepção de saúde na atualidade. O itinerário investigativo, pautado numa perspectiva de abordagem qualitativa, exploratória, suleou-se numa problemática que teve a seguinte indagação: a espiritualidade é constituinte da saúde do humano? Para tanto, analisou-se o conceito de saúde, patologia, humano em Morin espiritualidade antropológica pautada em Francesc Torralba. A partir de pressupostos epistemológicos de Morin, encontramos acessos que permitiram supor o entendimento humano, não como identidade, mas participante de algo comum entre os humanos, não como ser supranatural e nem antinatural, mas seres ligados à vida, à terra, esta ao sol e este ao cosmos, cujo destino comum é nascer e morrer, sofrer e poder ser feliz e que tem por fundamento da religião, não a salvação, mas a perdição, ou seja, estamos perdidos juntos, no palco das incertezas, dúvidas, buscando juntos as possíveis, cabíveis e aceitáveis saídas, da natural agonia pelo imperativo dialógico, numa pauta do improvável e da necessária complementariedade dos contraditórios, já que a complexidade significa não só de que tudo está ligado a tudo, mas também de que coisas, seres, conceitos diferentes não devem ser expulsos quando uns se encontram com os outros. Em Torralba, a espiritualidade é compreendida como desenvolvimento pleno da pessoa, não só no sentido individual, mas coletivamente, ou seja, cada ser humano, pertencente ou não a uma tradição religiosa, dispõe de uma espiritualidade que o permite ser protagonista e ator da sua história, orientar sua existência, dar um sentido à sua vida e preencher necessidades básicas da ordem espiritual, tais como felicidade, bem-estar integral e gozo da beleza da cultura, numa perspectiva que o bem pessoal presumi o bem coletivo. Acredita-se que é isso que se busca na Gestalt-Terapia, a integração da pessoa na totalidade. Deste modo, espiritualidade pode envolver tradições religiosas centradas na crença em um poder superior, mas também pode envolver uma crença holística em uma conexão individual com os outros e com o mundo como um todo. Assim, defende-se, na presente tese: a espiritualidade não como um adendo ou um conceito de diversos saberes, mas uma constituinte da saúde integral do ser humano. Com isso, não estamos propugnando que esse estudo exaure as possibilidades de pesquisa sobre a questão da tese, aqui, propugnada, mas, sobretudo, pretende-se por meio dela possibilitar uma reflexão crítica sobre a espiritualidade e suas novas configurações, no nosso atual contexto, especialmente, quando se trata da questão saúde.
Abstract: We start from the idea that the human being is not dual - mind and body - but multidimensional. Edgar Morin is one of the great thinkers whose defenses have acquired great importance in the face of new demands for understanding and action arising from the problems surrounding the human being. In this sense, this study recognizes the importance of Edgar Morin's principles, specifically his understanding of the human, for a comprehensive understanding of health, as integral, at the Gestalt-therapeutic level. Edgar Morin's paradigm of complexity implies strong relationships between concepts involving brain-mind-spirit, which direct discourses and knowledge in a context of conscious and intentional relationships in favor of human well-being. Integral health proposes a radical change around social problems and overcomes the simplifying thinking that tends to equalize investigative knowledge and knowledge between things and people, in other words, between the social and the non-social, especially with regard to the conception of health today. The investigative itinerary, based on a qualitative, exploratory approach, was based on a problem with the following question: Is spirituality a constituent of human health? To this end, the concept of health, pathology, and the human in Morin and anthropological spirituality based on Francesc Torralba were analyzed. Based on Morin's epistemological assumptions, we found accesses that allowed us to assume human understanding, not as an identity, but as a participant in something common between humans, not as a supernatural or unnatural being, but as beings linked to life, to the earth, the earth to the sun and the sun to the cosmos, whose common destiny is to be born and to die, to suffer and to be able to be happy and whose foundation of religion is not salvation, but perdition, in other words, we are lost together, on the stage of uncertainties, doubts, searching together for possible, appropriate, and acceptable ways out of the natural agony of the dialogical imperative, in an agenda of the improbable and the necessary complementarity of contradictions, since complexity means not only that everything is connected to everything, but also that different things, beings, concepts should not be expelled when they meet each other. In Torralba, spirituality is understood as the full development of the person, not just in the individual sense, but collectively, in other words, every human being, whether they belong to a religious tradition or not, has a spirituality that allows them to be the protagonist and actor of their history, to guide their existence, to give meaning to their life, and to fulfill basic spiritual needs, such as happiness, integral well-being, and the enjoyment of the beauty of culture, from a perspective in which the personal good presumes the collective good. It is believed that this is what Gestalt therapy seeks, the integration of the person into the whole. In this way, spirituality can involve religious traditions centered on the belief in a higher power, but it can also involve a holistic belief in an individual's connection with others and with the world as a whole. Thus, this thesis argues that spirituality is not an addendum or a concept of various types of knowledge, but a constituent of the integral health of the human being. With this, we are not proposing that this study exhausts the possibilities for research on the question of the thesis proposed here, but, above all, it is intended to enable a critical reflection on spirituality and its new configurations in our current context, especially when it comes to the issue of health.
Partimos de la idea de que el ser humano no es dual -mente y cuerpo- sino multidimensional. Edgar Morin es uno de los grandes pensadores cuyas defensas han adquirido gran importancia ante las nuevas exigencias de comprensión y acción derivadas de los problemas que rodean al ser humano. En este sentido, este estudio reconoce la importancia de los principios de Edgar Morin, específicamente su comprensión de lo humano, para la comprensión de la compleja comprensión de la salud como integral, a nivel Gestalt-terapéutico. El paradigma de la complejidad de Edgar Morin implica fuertes relaciones entre conceptos que involucran cerebro-mente-espíritu, que dirigen discursos y conocimientos en un contexto de relaciones conscientes e intencionales a favor del bienestar humano. La salud integral propone un cambio radical en torno a los problemas sociales y supera el pensamiento simplificador que tiende a igualar el conocimiento investigativo y el conocimiento entre las cosas y las personas, es decir, entre lo social y lo no social, especialmente en lo que respecta al concepto de salud en la actualidad. El itinerario investigativo, basado en un abordaje cualitativo y exploratorio, partió de un problema con la siguiente pregunta: ¿Es la espiritualidad un constituyente de la salud humana? Para ello, se analizaron el concepto de salud, patología y lo humano en Morin y la espiritualidad antropológica a partir de Francesc Torralba. Partiendo de los presupuestos epistemológicos de Morin, encontramos accesos que nos permitieron asumir la comprensión de lo humano, no como una identidad, sino como partícipe de algo común entre los humanos, no como un ser sobrenatural o antinatural, sino como seres ligados a la vida, a la tierra, la tierra al sol y el sol al cosmos, cuyo destino común es nacer y morir, sufrir y poder ser felices y cuyo fundamento de la religión no es la salvación, sino la perdición, es decir, estamos perdidos juntos, en el escenario de las incertidumbres, de las dudas, buscando juntos salidas posibles, apropiadas y aceptables a la natural agonía del imperativo dialógico, en una agenda de lo improbable y de la necesaria complementariedad de las contradicciones, pues la complejidad significa no sólo que todo está conectado con todo, sino también que cosas, seres y conceptos diferentes no deben ser expulsados cuando se encuentran. En Torralba, la espiritualidad se entiende como el pleno desarrollo de la persona, no solo en sentido individual, sino colectivo, es decir, todo ser humano, pertenezca o no a una tradición religiosa, tiene una espiritualidad que le permite ser protagonista y actor de su historia, orientar su existencia, dar sentido a su vida y satisfacer necesidades espirituales básicas, como la felicidad, el bienestar integral y el disfrute de la belleza de la cultura, desde una perspectiva en la que el bien personal presume el bien colectivo. Se cree que esto es lo que busca la terapia Gestalt, la integración de la persona en el todo. De este modo, la espiritualidad puede implicar tradiciones religiosas centradas en la creencia en un poder superior, pero también puede implicar una creencia holística en la conexión del individuo con los demás y con el mundo en su conjunto. Así, esta tesis defiende que la espiritualidad no es un apéndice o un concepto de diversos tipos de conocimiento, sino un constituyente de la salud integral del ser humano. Con esto, no pretendemos que este estudio agote las posibilidades de investigación sobre la cuestión de la tesis aquí propuesta, pero, sobre todo, pretende posibilitar una reflexión crítica sobre la espiritualidad y sus nuevas configuraciones en nuestro contexto actual, especialmente cuando se trata de la cuestión de la salud.
Palavras-chave: Teses
Espiritualidade
Gestalt-terapia
Saúde
Theses
Spirituality
Gestalt Therapy
Health
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::TEOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Católica de Pernambuco
Sigla da instituição: UNICAP
Departamento: Departamento de Pós-Graduação
Programa: Doutorado em Ciências da Religião
Citação: FONSECA, Marcos Lucena da. Espiritualidade, saúde integral e complexidade: faces e interface. 2024. 252 f. Tese (Doutorado) - Universidade Católica de Pernambuco. Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião. Doutorado em Ciências da Religião, Recife, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1930
Data de defesa: 26-Abr-2024
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