Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1940
Tipo do documento: Tese
Título: Uma mãe nova ou uma nova mãe?: um estudo sobre os sentidos da maternidade para as mulheres a partir dos 35 anos.
Autor: Costa, Ana Cláudia Alexandre Carneiro da 
Primeiro orientador: Francisco, Ana Lúcia
Primeiro membro da banca: Siqueira, Danielle
Segundo membro da banca: Sampaio, Marisa
Terceiro membro da banca: Luna, Karla
Quarto membro da banca: Donelli, Tagma
Resumo: Muitas mulheres adiam as suas gestações para idades “mais avançadas”. Sobre esta realidade, o Ministério da Saúde, no seu Manual de Gestação de Alto Risco, definiu como idade materna avançada (IMA) a gestação de mulheres com 35 anos ou mais. Nos últimos 30 anos, no mundo, os índices de nascimento vêm decrescendo, contudo os números de gravidezes em mulheres com idades a partir dos 35 anos vêm aumentando em ritmo maior do que em qualquer outra faixa etária. Partindo desse contexto, a pesquisa que subsidiou esta tese, teve como pergunta-problema: seria a gravidez em idade materna avançada, e todas as possíveis dificuldades atreladas à mesma, realmente uma opção para as mulheres como resultado de seu “empoderamento” e, consequente, “poder” de decisão feminina? Ao refletir sobre essa questão e pensando na pressão social que as mulheres sofrem com relação a serem mães, podemos problematizar se essas gravidezes em IMA configuram-se como uma decisão ou como mais uma forma de “imposição”, um direcionamento social, uma maneira de “cobrança” feita no sentido de fazer com que as mulheres “cumpram” o que esperam dela biológica e socialmente: procriar. Nessa perspectiva, nosso objetivo geral foi: compreender os sentidos da maternidade para as mulheres com gravidez em idade avançada. E, como específicos: mapear os discursos construídos em torno da maternidade em idade avançada; cartografar o campo de forças social, biomédico e psicológico que atravessam as mulheres que engravidaram em idade avançada; e analisar as construções subjetivas construídas a partir desse campo de forças. Nosso caminhar metodológico baseou-se no viés qualitativo da abordagem cartográfica, fazendo uso do roteiro para informações de dados sociodemográficos das participantes, da entrevista narrativa e do diário de campo como meios para conhecer e entrar em contato com as cinco mulheres que participaram desta pesquisa. Os resultados demonstraram que não há um único sentido que dê conta do que leva uma pessoa a ser mãe após a idade considerada “segura” pela medicina para maternar, inclusive que ter um filho a partir dos 35 anos não seria uma opção, mas o momento da vida que cada uma delas conseguiu para dar à luz. E assim, foram encontrados sentidos vinculados desde ao sonho de tornar-se mãe, independente dos anos de vida que já se tenha, até a preocupação com a cobrança social pela demora em engravidar. Foi possível identificar, também, que, junto com realidade de se ter um filho em IMA, havia toda uma preocupação em solucionar aspectos importantes, por exemplo, a falta de um parceiro, casamento e condições financeiras que dessem segurança para engravidar e, ainda, a aceitação do uso da tecnologia, como: congelamento de óvulos e a inseminação artificial para conseguir ter uma criança. A psicologia ganha com a discussão dessa temática ao abrir espaço para “ouvir a voz das mulheres” e proporcionar ambientes de reflexões sociais, acadêmicas e de pesquisas científicas, para que cada vez mais as necessidades femininas ganhem força e as mulheres construam linhas de fugas potentes o suficiente para ir contra as linhas rígidas sociais que decidem sobre seus corpos.
Abstract: Many women postpone their pregnancies until “older” ages. Regarding this reality, the Ministry of Health, in its High-Risk Pregnancy Manual, defined advanced maternal age (AMI) as the pregnancy of women aged 35 or over. In the last 30 years, worldwide, birth rates have been decreasing, however the number of pregnancies in women aged 35 and over has been increasing at a faster rate than in any other age group. Starting from this context, the research that supported this thesis had as its problem question: would pregnancy at an advanced maternal age, and all the possible difficulties linked to it, really be an option for women as a result of their “empowerment” and, consequently, female decision-making “power”? When reflecting on this issue and thinking about the social pressure that women suffer in relation to being mothers, we can question whether these pregnancies in IMA are configured as a decision or as another form of “imposition”, a social direction, a way of “demand” made in order to make women “fulfill” what is expected of them biologically and socially: to procreate. From this perspective, our general objective was: to understand the meanings of motherhood for women with advanced pregnancy. And, as specific: map the discourses constructed around motherhood at an advanced age; mapping the field of social, biomedical and psychological forces that women who become pregnant at an advanced age go through; and analyze the subjective constructions built from this field of forces. Our methodological approach was based on the qualitative bias of the cartographic approach, using the script for information on the participants' sociodemographic data, the narrative interview and the field diary as means to get to know and get in touch with the five women who participated in this research. The results demonstrated that there is no single meaning that explains what leads a person to become a mother after the age considered “safe” by medicine for mothering, including that having a child after the age of 35 would not be an option, but the moment of the life each of them achieved to give birth. And so, meanings were found linked to everything from the dream of becoming a mother, regardless of how many years of life you already have, to the concern with social demands for delays in getting pregnant. It was also possible to identify that, along with the reality of having a child in IMA, there was a concern about solving important aspects, for example, the lack of a partner, marriage and financial conditions that would give security to get pregnant and, also, acceptance of the use of technology, such as: egg freezing and artificial insemination to have a child. Psychology benefits from discussing this topic by opening up space to “listen to women's voices” and providing environments for social, academic reflection and scientific research, so that female needs increasingly gain strength and women build powerful lines of escape. enough to go against the strict social lines that decide on their bodies.
Muchas mujeres posponen sus embarazos hasta edades “mayores”. Ante esta realidad, el Ministerio de Salud, en su Manual de Embarazo de Alto Riesgo, definió edad materna avanzada (IAM) como el embarazo de mujeres de 35 años o más. En los últimos 30 años, a nivel mundial, las tasas de natalidad han ido disminuyendo, sin embargo el número de embarazos en mujeres de 35 años y más ha ido aumentando a un ritmo más rápido que en cualquier otro grupo de edad. A partir de este contexto, la investigación que sustentó esta tesis tuvo como problema preguntarse: ¿el embarazo en edad materna avanzada, y todas las posibles dificultades ligadas a él, sería realmente una opción para las mujeres como resultado de su “empoderamiento” y, en consecuencia, ¿el “poder” femenino de toma de decisiones? Al reflexionar sobre este tema y pensar en la presión social que sufren las mujeres en relación a ser madres, podemos cuestionarnos si estos embarazos en IMA se configuran como una decisión o como una forma más de “imposición”, un rumbo social, una forma de “demanda” hecha para que las mujeres “cumplieran” lo que se espera de ellas biológica y socialmente: procrear. Desde esta perspectiva, nuestro objetivo general fue: comprender los significados de la maternidad para mujeres con embarazo avanzado. Y, como específicos: mapear los discursos construidos en torno a la maternidad en edad avanzada; mapear el campo de fuerzas sociales, biomédicas y psicológicas que atraviesan las mujeres que quedan embarazadas a una edad avanzada; y analizar las construcciones subjetivas construidas a partir de este campo de fuerzas. Nuestro enfoque metodológico se basó en el sesgo cualitativo del enfoque cartográfico, utilizando el guion de información de los datos sociodemográficos de las participantes, la entrevista narrativa y el diario de campo como medios para conocer y ponerse en contacto con las cinco mujeres que participaron en esta investigación. Los resultados demostraron que no existe un significado único que explique lo que lleva a una persona a ser madre después de la edad considerada “segura” por la medicina maternal, incluyendo que tener un hijo después de los 35 años no sería una opción, pero el momento de la vida que cada una de ellas alcanzó para dar a luz. Así, se encontraron significados vinculados a todo, desde el sueño de ser madre, sin importar los años de vida que se tengan, hasta la preocupación por las demandas sociales por los retrasos en el embarazo. También se pudo identificar que, junto a la realidad de tener un hijo en IMA, existía la preocupación por solucionar aspectos importantes, por ejemplo, la falta de pareja, matrimonio y condiciones económicas que dieran seguridad para quedar embarazada y, también, la aceptación del uso de tecnología, como: congelación de óvulos e inseminación artificial para tener un hijo. La psicología se beneficia de discutir este tema al abrir espacios para “escuchar las voces de las mujeres” y proporcionar ambientes para la reflexión social, académica y la investigación científica, de modo que las necesidades femeninas ganen cada vez más fuerza y las mujeres construyan líneas de escape lo suficientemente poderosas como para ir en contra de lo estricto líneas sociales que deciden sobre sus cuerpos.
Palavras-chave: Teses
Psicologia clínica
Gravidez
Mulheres - Aspectos psicológicos
Psicologia social
Maternidade - Aspectos psicológicos
Saúde - Aspectos psicológicos
Theses
Clinical psychology
Pregnancy
Women - Psychological aspects
Social psychology
Maternity - Psychological aspects
Health - Psychological aspects
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Católica de Pernambuco
Sigla da instituição: UNICAP
Departamento: Departamento de Pós-Graduação
Programa: Doutorado em Psicologia Clínica
Citação: COSTA, Ana Cláudia Alexandre Carneiro da. Uma mãe nova ou uma nova mãe?: um estudo sobre os sentidos da maternidade para as mulheres a partir dos 35 anos. 2024. 184 f. Tese (Doutorado) - Universidade Católica de Pernambuco. Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica. Doutorado em Psicologia Clínica, Recife, 2024.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1940
Data de defesa: 12-Abr-2024
Aparece nas coleções:Psicologia Clinica

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Ok_ana_claudia_alexandre_carneiro_costa.pdfTese na íntegra2,49 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.