Exportar este item: EndNote BibTex

Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/929
Tipo do documento: Tese
Título: Trama de afetos: desafios de educadoras de crianças pequenas institucionalizadas
Autor: Stucchi, Mariana Peres 
Primeiro orientador: Passos, Maria Consuêlo
Primeiro membro da banca: Marin, Isabel da Silva Kahn
Segundo membro da banca: Gouveia, Maria Lígia de Aquino
Terceiro membro da banca: Francisco, Ana Lúcia
Quarto membro da banca: Queiroz, Edilene Freire de
Resumo: Esta pesquisa discute a trama afetiva que se constitui no encontro entre educadoras e crianças no Serviço de Acolhimento a partir das histórias de vida desses atores. Um estudo qualitativo sobre o entrelaçamento das histórias de mulheres que enfrentam duramente seu dia-a-dia, com situação de trabalho precarizado no acolhimento de bebês e crianças vistos com descaso pelas Políticas Públicas, cujas famílias apresentam muita dificuldade com as responsabilidades da vida cotidiana. A função de proteger, cuidar, reconhecer como sujeitos de direitos estes pequenos, filhos de histórias que são vistas apenas pelo abandono e violência, mobiliza as marcas infantis e experiências vividas destas educadoras, permeando o encontro entre eles. A partir de Winnicott, pensamos o que seria importante oferecer a estas crianças e como potencializar e delimitar a função destas profissionais. Num percurso pela história da infância abrigada e da realidade de todos ali, produto e produtora de seus integrantes (Guirado, 1987), refletimos sobre os vetores que se cruzam nesta relação intersubjetiva. Isto é, queremos verificar as representações e afetos das experiências de vida dos envolvidos associadas ao que aquela instituição demanda afetivamente. Através de entrevistas narrativas de sete educadoras, observação sistemática da dinâmica da Casa de Acolhimento, assim como da leitura de seu Livro de Ocorrência, averiguamos que entre as histórias de vida de educadoras e acolhidos a institucionalização acaba sendo o diferencial maior, permitindo identificações, mas dificultando o reconhecimento da alteridade. Movimento que permite aproximação e dedicação, mas pode dificultar o acolhimento. Fica claro que todos ali querem acolhimento, especialmente pela forte idealização de família, que falta a todos. Assim, esta tese pretende, com a contribuição da psicanálise, esclarecer melhor os desafios do acolhimento nos abrigos, trazendo à tona o envolvimento e as implicações afetivas das cuidadoras, sugerindo caminhos teóricos, de pesquisa e de políticas públicas que possam aprimorar alternativas para enfrentar estes desafios.
Abstract: This thesis discusses the affective relationship that follows the encounter of children and their caregivers in shelters, taking into consideration the later own life experiences. The research presents a qualitative study about the complex intertwining of stories of the individuals involved. In one hand, the caregivers or educators, women who undertake their own struggles in life while dealing with a primitive work environment, where they must embrace children who are both neglected by their own families and by Public Policies. Their stories intersect in the struggles: to care for and to protect these children, while acknowledging them as subjects of civil rights in a context seen by the institution as violent and of abandonment, bring back the caregiver‘s own struggles and create a context of empathy. Based on Winnicott, we analyze what are the main fundamentals to offer those children and how to define and optimize the caregivers‘ role. In addition, by analyzing both the past and current realities of the professionals (Guirado 1987; 2002), we discuss about the intertwining forces inside this intersubjective relationship. In other words, we aim to investigate the meaning of affection and the ways the involved parts demonstrate it versus the guidelines the institution would need to provide. By examining the narrative of seven caregivers along with observation of their routine in the shelters, as well as combining information from the shelter‘s official written notes, we found a strong correlation between the lives of educators and children, with the institution being the biggest divergence since it will affect the perception of otherness. That means the educator empathize and feel compelled to provide care, however, is simply not able to provide sufficient refuge. It is clear that all involved need asylum, including the caregivers since they all strongly idealize the institution of the family. Therefore, this study intends to clarify the challenges faced by the shelters when dealing with providing refuge, since the caregivers‘ background and feelings will play an important role on how they care for the children. We suggest new approaches, from research and public policies standpoints in order to create ultimately new alternatives to improve care to sheltered children.
Palavras-chave: children - care in institutions
child care
child psychoanalysis
educators
teses
crianças - assistência em instituições
assistência à menores
psicanálise infantil
educadores
theses
Área(s) do CNPq: CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA#
#3411867255817377423#
#600
Idioma: por
País: Brasil
Instituição: Universidade Católica de Pernambuco
Sigla da instituição: UNICAP
Departamento: Departamento de Pós-Graduação#
#-8854052368273140835#
#500
Programa: Doutorado em Psicologia Clínica#
#-1750668812972093704#
#500
Citação: STUCCHI, Mariana Peres. Trama de afetos: desafios de educadoras de crianças pequenas institucionalizadas. 2017. 296 f. Tese (Doutorado) - Universidade Católica de Pernambuco.Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação. Doutorado em Psicologia Clínica, 2017.
Tipo de acesso: Acesso Aberto
URI: http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/929
Data de defesa: 10-Ago-2017
Aparece nas coleções:Psicologia Clinica

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
mariana_peres_stucchi.pdfTese na íntegra1,87 MBAdobe PDFBaixar/Abrir Pré-Visualizar


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.