@MASTERSTHESIS{ 2021:1669978583, title = {Suicídio e psicoterapia: uma compreensão fenomenológica hermenêutica da experiência de pacientes que buscam pôr fim à vida.}, year = {2021}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1523", abstract = "O suicídio é um fenômeno que nos últimos tempos tem despertado a atenção pela amplitude no número de casos no mundo, que alcançou um quantitativo de 800 mil mortes por ano, suscitando a criação de estratégias e serviços que possam auxiliar na prevenção. Nesse cenário, o psicólogo tem sido convocado a produzir compreensões e ações, sendo a psicoterapia uma prática psicológica apontada como espaço de cuidado e acolhimento para aqueles que pensam em pôr fim à vida. A partir desse horizonte, este estudo tem como objetivo geral compreender as possíveis ressonâncias da psicoterapia em pacientes que procuraram esse atendimento diante de ideações ou de tentativas de pôr fim à vida, e como objetivos específicos problematizar algumas concepções construídas acerca do suicídio ao longo da história, apresentar como as práticas psicológicas se posicionam diante de pacientes que buscam pôr fim à vida e compreender a experiência de pacientes que buscaram a psicoterapia diante do pensamento ou da tentativa de pôr fim à vida. Trata-se de um estudo que privilegia a orientação fenomenológica hermenêutica como caminho metódico. A pesquisa foi realizada na cidade de Teresina – PI, com a participação de quatro mulheres que pensaram e/ou tentaram pôr fim à vida e buscaram a psicoterapia por esse motivo. Os recursos utilizados na produção dos dados foram a entrevista narrativa e o diário de campo. As narrativas das colaboradoras e da pesquisadora foram compreendidas a partir das ressonâncias da Hermenêutica Filosófica de Gadamer. Nessa empreitada, foi possível acompanhar o emergir de fios narrativos que colocam em questão como a dor de uma existência esvaziada de sentidos, e que beira a decisão de pôr fim à vida, é compreendida e cuidada na cotidianidade. Os diagnósticos e a medicalização desvelaram-se como normatizações que, ao explicarem e provocarem o entorpecimento da dor, não acolhem a dimensão existencial. A psicoterapia apresentou-se como um modo de cuidado que se abre para uma possibilidade de acolhimento e tensionamento da questão entre o viver e o morrer, entretanto sua ação clínica também pode incorrer em um modo técnico de cuidado, ressoando na existência do paciente como um controle e silenciamento da dor. Nesse sentido, cabe questionar como a psicologia tem se coadunado com o horizonte de prevenção atual, e que outras possibilidades de cuidado poderiam se delinear como escuta originária e libertadora ao paciente e aos seus sofrimentos.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Psicologia Clínica}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }