@PHDTHESIS{ 2021:1169172707, title = {A mãe do ambiente maternal no cárcere: vínculos e rupturas.}, year = {2021}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1549", abstract = "Essa pesquisa trouxe à tona a difícil realidade do tornar-se mãe em ambiente carcerário. A ruptura compulsória da relação mãe-filho frente ao tempo limitado de permanência da díade no presídio, a falta de suporte mais amplo foram aspectos destacados. O campo de pesquisa se construindo sobre o “Ambiente Maternal no Cárcere”. Ele foi entendido como o lugar onde se desenrola a trama de afetos vindos dos cuidados compartilhados na cela das gestantes e puérperas, que ultrapassa o ambiente interno (físico). Nele existe uma irmandade que se instalou em meio à comunidade daquelas mães deserdadas: ao enfrentarem dores e desamparo e, juntas, essas mulheres pactuam cuidados entre si. O campo de pesquisa foi atravessado pela questão da separação compulsória na díade mãe-bebê. O objetivo foi investigar as condições de possibilidade de ser mãe suficientemente boa no Ambiente Maternal do Cárcere. Por meio de estudo do conceito de mãe-ambiente, proposto por Winnicott, procedeu-se à análise das entrevistas não estruturadas, a partir da pergunta disparadora: “como é a experiência de tornar-se mãe no cárcere”. A interpretação psicanalítica foi o procedimento de análise dos dados. Os exemplos das entrevistas reportadas nesta tese sugerem, em suma, que para algumas mulheres a maternidade foi vivida em um ambiente extremamente hostil. Entretanto, outras afirmaram que a relação mãe-bebê foi debruçada sobre a esperança que a religiosidade oferece. As perspectivas psíquicas vividas no Ambiente Maternal no Cárcere foram transpassadas pelo medo e desamparo diante da separação compulsória o distanciamento dificultou o enlaçamento mãe-filho. O aleitamento materno não foi prolongado na construção de um vínculo afetivo da mãe com seu bebê, pois não houve participante da entrevista que amamentou até o prazo de seis meses proposto pela OMS. Houve uma ruptura precoce que atravessou o enlace afetivo da mãe com sua criança. A ruptura da relação mãe-bebê também trouxe uma condição para se pensar na maternidade no cárcere. O ser suficientemente bom passou por condições de vidas trágicas do tráfico de drogas. Foram relações amorosas episódicas durante as quais engravidaram que tornou a rede de apoio familiar frágil devido também à ausência do genitor da criança. As nuances particulares de cada entrevistada puderam ser apontadas pelas entrevistadas que durante a escuta clínica da pesquisadora emergiram traços do exercício do ser suficientemente bom naquele Ambiente Maternal no Cárcere.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Psicologia Clínica}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }