@PHDTHESIS{ 2022:1552014979, title = {Entrelaces de gerações: bisavós na família.}, year = {2022}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1615", abstract = "O aumento do envelhecimento humano é um fenômeno observado em escala mundial, fruto de contextos sociodemográficos, culturais e históricos que não apenas possibilitam um melhor envelhecimento, como também influenciam e possibilitam a vivência de vários papéis na família. Consequentemente, emergem cada vez mais famílias multigeracionais formadas por quatro ou até cinco gerações, portanto, mais verticalizadas. O objetivo geral desta pesquisa foi compreender as relações intergeracionais e suas repercussões na vida dos bisavós e na dos seus familiares. Especificamente, visou-se: compreender o contexto sociodemográfico que permitiu o incremento do papel de bisavós no Brasil; pesquisar sobre ser bisavós nas relações intergeracionais por meio de uma revisão sistemática; compreender o papel dos bisavós na família multigeracional e a transmissão transgeracional de bisavós para seus descendentes. Para tanto, a presente tese se estruturou em quatro artigos, sendo dois teóricos e dois empíricos. No primeiro artigo foi feita uma revisão narrativa do contexto sociodemográfico que permitiu o surgimento do papel de bisavós no Brasil; o segundo artigo consiste de uma revisão sistemática sobre o papel de bisavós na intergeracionalidade; seguidos dos artigos três e quatro que focam no papel dos bisavós e na transgeracionalidade. Nos artigos empíricos, seguiu-se uma metodologia qualitativa de estudo de casos múltiplos com amostragem proposital. Os participantes desta pesquisa foram quatro famílias compostas por quatro gerações, totalizando 16 pessoas. Os critérios de inclusão para os bisavós foram: ter idade acima de 60 anos e um estado de saúde que lhes permitisse participar da pesquisa. Acredita-se que a delimitação da idade dos bisavós foi vantajosa para compreender questões do papel ligadas ao envelhecimento. Os bisavós participantes (três bisavós e um bisavô) estavam na faixa etária entre 64 e 100 anos; seu nível educacional variou desde analfabeto até superior completo; em sua maioria o estado civil foi viúvo, a camada socioeconômica foi média-baixa e professavam religião de denominação cristã. Quanto às demais gerações, cujo critério de inclusão foi a disponibilidade para a participação na pesquisa, foram entrevistados quatro filhos (46 a 66 anos), quatro netos (26 a 40 anos) e quatro bisnetos (sete a 12 anos). Utilizouse uma entrevista semiestruturada, com roteiro específico para cada geração, e um Genograma no artigo três; para o artigo quatro, foi feita a triangulação das entrevistas com cartas dos bisavós para os bisnetos e vice-versa. As entrevistas e as cartas foram analisadas de acordo com a Análise de Conteúdo Temática e o Genograma foi analisado graficamente. Os resultados apontam que o papel de bisavós se modifica a partir do funcionamento familiar e das relações intergeracionais, o que caracteriza suas especificidades. O referido papel se mostrou entrelaçado à intergeracionalidade, sendo uma de suas principais funções a transmissão de legados às próximas gerações. Esta se dá principalmente de forma oral, no dia a dia da família. Os bisavós foram percebidos como detentores de sabedoria, além de influenciarem a família de forma direta. Foi possível observar que os bisavós vivenciam o papel com leveza, buscando aproveitar o tempo que lhes resta e conviver com seus bisnetos. Espera-se que esta pesquisa venha contribuir com a literatura sobre a bisavosidade, que ainda é escassa neste país.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Psicologia Clínica}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }