@PHDTHESIS{ 2022:610602010, title = {Educação decolonial indígena: um estudo em ecolinguística.}, year = {2022}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1731", abstract = "O conceito de decolonialidade vem ganhando força nos estudos acadêmicos de todo o mundo. Pesquisadores passam a falar de novas formas de abordagem da história, dos processos de colonização, das formações de povos sob o olhar dos chamados “subalternos” historicamente. São temas que, ao longo de séculos, estiveram sob a tutela de grupos hegemônicos, que nortearam, sobretudo, a educação. Na América Latina, essa temática vem tomando forma construtiva de uma nova visão sobre as formações culturais, as representatividades étnicoraciais, considerando a imensa diversidade que compõe seus povos. E essa é, também, a realidade brasileira. A formação do povo brasileiro, tão amplamente abordada por grandes nomes da nossa literatura, faz-se pauta profunda e necessária para atuarmos em nossos estudos. Os povos indígenas, matriz oficial dessa formação, contribuíram e continuam contribuindo no processo formativo de gerações inteiras de brasileiros. Desde a relação com a natureza, à fé nos encantados, são esses povos de diversas etnias (potencializadores da relação do homem com o meio em que vive, com a terra, com o outro que já lhe era comum e com o outro, vindo da europa no processo de colonização) que nos inspiram a pensar a respeito da forma como a educação pode ser libertária, contundente no aspecto identitário e definitiva no sentido de sobrevivência e mobilidade social. E está exatamente nesses aspectos relacionais do homem com a linguagem, com seu meio ambiente e com o outro o nosso foco de análise e busca de respostas para as inquietações que norteiam a construção desta tese. Objetivamos, nesta pesquisa, buscar traços epistemológicos comuns entre a educação decolonial indígena e a Ecolinguística, área de recente abordagem no Brasil, praticada pela ‘Escola Ecolinguística de Brasília’. Utilizamos, inicialmente, a metodologia da abordagem de cunho exploratório, qualitativo-indutiva, de caráter bibliográfico, mapeando e discutindo, sob a perspectiva da Linguística Ecossistêmica, as produções acadêmicas no campo de conhecimento sobre educação indígena decolonial no Brasil, a fim de chegarmos ao objetivo final desta pesquisa. Assim, o corpus foi analisado sob a perspectiva da teoria-metodológica da Análise do Discurso Ecológica (ADE), também chamada de Linguística Ecossistêmica Crítica, ramo brasileiro da Ecolinguística que vem se desenvolvendo no eixo Brasília-Goiânia. Para tanto, utilizamos as seguintes categorias da ADE: os elementos da Ecologia Fundamental da Língua (Povo-Língua -Território), a Endoecologia, a Exoecologia e a Rede de Interações Orgânicas (RIO) , visto que, baseados nos estudos de Couto (2007), reiteramos que a diversidade do ambiente social é o locus de fortalecimento identitário proposto na Linguística Ecossistêmica Crítica. A primeira parte do corpus é formada por Trabalhos de Conclusão de Curso (TCCs) de professores indígenas, a segunda parte é composta por livros paradidáticos produzidos por alunos e docentes nas escolas aldeadas de diversas etnias pernambucanas e a terceira diz respeito a produções acadêmicas brasileiras que abordam a educação decolonial indígena. Isso nos levou a refletir a respeito do importante papel da Ecolinguística na prática educacional intercultural que se tem realizado nessas instituições de ensino . Considerando estudos realizados pelo grupo Modernidade/ Colonialidade - outra base teórica deste trabalho-, observamos que a fundamentação da educação intercultural indígena, suas interações sociais, que muito interessa à ADE, apontam a uma forte relação epistemológica entre a Ecolinguística e a prática educativa decolonial desses povos tradicionais no Brasil.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Ciências da Linguagem}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }