@MASTERSTHESIS{ 2022:143667984, title = {Ás sete nós criamos a outra: imagens de controle e as adolescentes mães e gestantes sob custódia do Estado.}, year = {2022}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1763", abstract = "Neste trabalho, analisamos a persistente violação de direitos das adolescentes mães ou gestantes sob custódia do Estado porque nomeadas como em conflito com a lei. Esse questionamento surgiu no contexto do deferimento do Habeas Corpus coletivo 143.641/SP pelo Supremo Tribunal Federal em 2018, no qual visava assegurar a liberdade de todas as mulheres submetidas à prisão cautelar no sistema penitenciário nacional, estando elas na condição de gestantes, puérperas ou mãe de crianças com até 12 anos de idade sob sua responsabilidade. O objetivo geral desta pesquisa foi identificar as imagens de controle operantes sobre as adolescentes mães e gestantes privadas de liberdade. Partimos da hipótese de que imagens de controle estão sendo articuladas para negar às adolescentes o usufruto de direitos garantidos há mais de três décadas e reafirmados ao longo de investidas jurídicas, como é exemplo o HC 143.641. O aporte epistemológico foi delineado pelo pensamento de três intelectuais que compartilham de uma postura político-epistemológica anti-essencialista, humanizadora e comprometida com a criação de espaços de fala da subalterna: González (2020), Spivak (2010) e Collins (2019). A pesquisa foi dividida em quatro partes. Primeiramente, utilizamos as chaves analíticas fornecidas por Spivak (2010) para pensarmos a racionalidade moderna e o Direito através das noções de Sujeito soberano e subalterna. No segundo capítulo, pelas lentes da amefricanidade, entrelaçamos a categoria de imagens de controle, com as análises de Gonzalez (2020) que se buscou entender as dinâmicas racistas e sexistas operantes ideologicamente no Brasil. No último capítulo, analisamos os vestígios das imagens de controle que envolvem o HC 143.641, passando pelo contexto político do deferimento até as (in)consequências jurídicas da extensão do benefício às adolescentes gestantes ou mães sob custódia do Estado. Analisou-se o que a ausência de dados do discurso do magistrado diz sobre a relação de subalternidade das adolescentes. Se no Brasil o racismo opera pela denegação, o ocultamento e silenciamento das adolescentes dizem muito sobre as mancadas da consciência jurídica brasileira.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Direito}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }