@MASTERSTHESIS{ 2023:904091700, title = {Cyberbullying, uso de redes sociais e sintomas ansiosos e depressivos em adolescentes pernambucanos.}, year = {2023}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1840", abstract = "Com o advento das novas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) surgem novas ameaças à saúde mental adolescente, como o cyberbullying - expressão moderna do bullying, cujo propósito é atacar, expor ou humilhar um determinado grupo ou indivíduo por meio digital. O objetivo da investigação atual foi analisar parte de um banco de dados de um estudo multicêntrico sobre ambientes sociais e comportamentos de saúde e bem-estar de adolescentes, particularmente correlacionando variáveis sobre cyberbullying, dados sociodemográficos, uso de redes sociais, sintomas ansiosos e depressivos. Trata-se de um estudo correlacional que analisa dados de 501 adolescentes recifenses, de ambos os sexos, de 13 e 15 anos. A amostra foi composta por estudantes da rede pública estadual da cidade do Recife-PE, estratificada a partir das seis Regiões Político-Administrativas (RPAs). Para a coleta de dados do estudo multicêntrico foram utilizados três instrumentos de rastreio, todos adaptados à língua portuguesa do Brasil: 1) Health Behavior in School-aged Children (HBSC) - do qual para a investigação atual foram selecionados 10 itens, sendo quatro itens relativos aos dados sociodemográficos, três referentes às práticas de cyberbullying e três ao uso de redes sociais; 2) Spense Children’s Anxiety Scale (SCAS) - da qual para foram utilizados os 44 itens referentes aos sintomas de ansiedade e; 3) Children’s Depression Inventory (CDI) - do qual foram utilizados os 27 itens relativos à depressão. Além das análises descritivas, foram realizadas análise de consistência interna das escalas SCAS e CDI, qui-quadrado, teste t e correlação de Spearman. Foi identificada uma elevada consistência interna das escalas por meio do alfa de Cronbach (α = 0,883 e α = 0,912, respectivamente). A análise do perfil sociodemográfico revelou que a maioria era do sexo feminino (62,3%), possuía 15 anos de idade (61,9%), estava matriculada no 1º ano do ensino médio (48,8%), autodeclarada de cor parda (51,3%), passava sete ou mais horas por dia na internet durante a semana (33,7%) e residia com mãe (88,4%), pai (51,1%) e irmãos (54,5%). Os adolescentes em geral tanto autodeclararam ter praticado o cyberbullying (45,4%) quanto ter sido vítimas de cyberbullying (32,3%) pelo menos uma vez nos últimos dois meses. Ao comparar os escores do SCAS e do CDI entre os grupos de vítimas (GVC) e não vítimas (GNVC) autodeclaradas de cyberbullying não foram identificadas diferenças significativas quanto aos sintomas ansiosos; contudo, no CDI houve escores significativamente maiores no grupo GVC (M = 15,4; DP = 9,4) em comparação com o GNVC (M = 12,8; DP = 9,5) (t = 2,825; gl = 480; p < 0,05). Também a análise de correlação evidenciou uma relação significativa e positiva apenas entre o escore do CDI e o recebimento de mensagens instantâneas ofensivas (r = 0,125; p < 0,05) e o vazamento não permitido de fotos (r = 0,137; p < 0,01). O escore do SCAS se correlacionou significativa e positivamente com tempo de uso das redes sociais (r = 0,104; p < 0,05). Também, o tempo de uso de redes sociais esteve correlacionado positivamente com a cyber vitimização por mensagens ofensivas (r = 0,110; p < 0,05). Discute-se que as hipóteses foram parcialmente confirmadas, principalmente no que concerne à relação das práticas de cyberbullying com os sintomas depressivos. Considera-se que o tempo de exposição às redes sociais também foi uma variável importante a ser considerada em termos da expressão de sintomas ansiosos e vulnerabilidade ao cyberbullying e que mais investigações sejam oportunas para subsidiar estratégias de ação para a redução da violência digital na adolescência.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Psicologia Clínica}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }