@MASTERSTHESIS{ 2024:1561382804, title = {Produção de biossurfactante por Bacillus invictae UCP1617 para formulação de um detergente eco-friendly como aditivo na remediação de petroderivados.}, year = {2024}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1871", abstract = "Os surfactantes são moléculas anfipáticas que reduzem a tensão superficial e interfacial entre fases fluidas, conferindo detergência, emulsificação e dispersão de fases. A maioria dos surfactantes em uso industrial é derivada do petróleo; entretanto, o interesse por surfactantes microbiológicos tem aumentado devido à biodegradabilidade e toxicidade reduzida dessas biomoléculas. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar a produção e a formulação comercial de um novo biossurfactante pela bactéria Bacillus invictae UCP1617. Inicialmente, a produção do biossurfactante foi realizada utilizando diferentes combinações de substratos alternativos (melaço de cana-de-açúcar e milhocina). Em seguida, um planejamento fatorial completo foi utilizado como ferramenta para otimização das variáveis agitação, temperatura e tamanho do inóculo em meio mineral contendo 1,5% milhocina. A melhor condição do planejamento obtida (agitação de 175 rpm a 28°C e 4% de inóculo) foi utilizada para o scale-up de produção do biossurfactante em biorreator de 50 L. A produção do biossurfactante no biorreator alcançou uma produtividade correspondente a 16,70 mg/L/h. A tensão superficial do meio foi reduzida de 69,50 para 30,20 mN/m após 72 horas de fermentação. O biossurfactante foi isolado e caracterizado estruturalmente como um glicolipídeo e sua CMC foi determinada como 900 mg/L para uma tensão superficial de 29,10 mN/m. O biossurfactante foi submetido a avaliação da estabilidade em diferentes condições ambientais, sendo capaz de formar emulsões estáveis de maior eficiência com óleo de motor (90,80%) e petróleo (99,00%). A formulação do biossurfactante para obtenção de um detergente eco-friendly foi conduzida com a adição de 0,2% do estabilizante hidroxietilcelulose (HEC), 5% de ácido graxo e 0,2% de sorbato de potássio e o produto comercial foi armazenado à 28ºC durante 90 dias. O biossurfactante formulado manteve a estabilidade de sua tensão superficial em vários pHs, temperaturas e concentrações de NaCl e apresentou ausência de toxicidade comprovada pelo crescimento das sementes dos vegetais repolho Coração-de-Boi (Brassica oleracea) e tomate cereja (Solanum lycopersicum), bem como pela sobrevivência do microcrustáceo Artemia salina. O biossurfactante formulado foi capaz de dispersar totalmente o óleo em água do mar. Ao ser colocado em solo argiloso contaminado com óleo de motor, o biossurfactante foi capaz de remover, em 24 horas, 99,21% do óleo contido no solo quando usado na sua CMC. O biossurfactante formulado removeu 98,42% do óleo aderido à superfície de vidro e foi capaz de remover 75,00% do composto hidrofóbico adsorvido à superfície porosa na sua CMC. Portanto, o biossurfactante comercial produzido por Bacillus invictae UCP1617 demonstra viabilidade de aplicação como aditivo biotecnológico ecofriendly para os processos de remedição que considerem a preservação e a redução dos impactos ambientais sobre os ecossistemas.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Desenvolvimento de Processos Ambientais}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }