@MASTERSTHESIS{ 2023:1599962078, title = {Memória histórica da Comunidade Quilombola Timbó de Garanhuns.}, year = {2023}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1888", abstract = "O presente relatório dialoga com a pesquisa científica desenvolvida ao longo de anos pelos pesquisadores, antropólogos e historiadores, Jhonny Cantarelli, Janine Primo Carvalho Meneses, José Maurício Arruti e José Eduardo da Silva, sobre a comunidade quilombola de Timbó, um patrimônio cultural, vivendo sob a ameaça de perder sua identidade histórica em decorrência da ausência de investimentos governamentais para manter sua existência. O esquecimento, encarado por muitos estudiosos dos quilombos no Brasil, remete ao descaso proposital para enterrar o passado que insiste em se manter vivo. Tal passado espelhado na Igreja de Nossa Senhora de Nazaré, edificada pela própria comunidade quilombola, mantém-se como símbolo da resistência: um patrimônio cultural que merece proteção como forma de se manter a diversidade cultural nacional. Segundo Munanga (1996) os povos quilombolas brasileiros são originários de Angola e Zaire, principalmente dos grupos Lunda, Ovimbundu, Mbundu, Kongo, Imbangala. Gomes (2015) registrou o aparecimento de quilombo na data de 1575 na Bahia, nos canaviais e engenhos. Já Carvalho (1996) ressaltou que os escravizados revoltados com o trabalho forçado e os maus tratos dos senhores, fugiam para matas, usadas como esconderijo. Nesse cenário, a formação histórica da comunidade do Timbó tem como característica principal a chegada de José Vitorino e a imagem da santa que o protegia. Ao instalar-se nas proximidades de Garanhuns, inicia uma nova família ao casar-se com uma mulher nativa. Juntos criam seus filhos e acolhem outros fugidos, dando surgimento a um quilombo. Igualmente a tantos outros espalhados pelo território brasileiro, resistem à opressão em busca da liberdade. Religião, territorialidade, ancestralidade, memória, resistência e o empenho pela liberdade compõem o lendário da comunidade de Timbó. As narrativas de Cantarelli, Emerson Araújo da Silva e José Carlos Lopes da Silva revelaram que os quilombolas enfrentam ausência de políticas públicas para a educação, saúde e conservação da história cultural. Aos poucos, a história guardada na memória dos mais velhos vai sendo esquecida à medida que estes falecem e os jovens desconhecem suas origens e alguns nem se identificam como quilombolas. Portanto, a elaboração e a divulgação da Cartilha, produto dessa pesquisa, disponibilizada no formado físico e online visa contribuir para manter a memória do quilombo do Timbó viva.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em História}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }