@PHDTHESIS{ 2017:804177723, title = {O brincar como experiência favorecedora de uma cultura de paz.}, year = {2017}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1920", abstract = "A presente tese tem como objetivo analisar o brincar como uma experiência que pode favorecer a criação de uma Cultura de Paz. Trata-se de um estudo que apresenta uma reflexão acerca do problema da violência e um possível encaminhamento para o seu enfrentamento, visto que essa questão requer, não apenas visibilidade e debates, mas orientações sobre como lidar com esse fenômeno que assola a vida e a convivência dos sujeitos. Este estudo parte de reflexões a respeito dos conceitos de violência, paz e cultura, no sentido de compreendê-los e relacioná-los às contribuições teóricas de Winnicott, com relação às contribuições do brincar para promover a criatividade e espontaneidade da vida, no sentido de enfrentar uma cultura de violência e promover uma cultura de paz. Este estudo é uma pesquisa teórica, tendo como principal referencial a teoria psicanalítica winnicottiana a respeito do brincar, mas, também, serve como parâmetro para algumas reflexões sobre a violência, a partir da noção de agressividade. As análises realizadas neste estudo, apontam para o fato de que a violência é uma prática nociva, como desdobramento dos inúmeros conflitos vividos no cotidiano, mas que não foi contido por sujeitos capazes de manejá-los de modo suficientemente bom. Além disso, aponta para o fato de que a violência é uma dificuldade ou inviabilidade para que o sujeito possa realizar sua vida, bem como estabelecer relações criativas e espontâneas. Por outro lado, a paz se caracteriza como um contexto no qual o sujeito é capaz de ser e realizar sua vida de forma livre e autônoma, mediante a habilidade de estabelecer estruturas e instituições que promovam igualdade e condições para que os indivíduos exerçam o poder de ser e estar no mundo, a partir de si mesmos. Disso, os sujeitos se qualificam para criar uma conjuntura pacífica – uma cultura de paz – onde o brincar tem um papel fundamental, no sentido de realizar processos de transições, através dos quais, os indivíduos podem transitar e transformar situações, ideias e práticas, no sentido de promover um contexto criativo e espontâneo. O brincar pode operar como uma experiência facilitadora de paz, na medida em que cria vínculos a serviço dos sujeitos, no sentido de estabelecer pontes que permitam os indivíduos se comunicarem, em meio a paradoxos e divergências. A partir da habilidade dos sujeitos em transitar entre diferentes mundos, experiências e práticas, eles exercem a autonomia e o poder de serem, partindo de suas próprias perspectivas, o que facilita tanto o seu amadurecimento, quanto a criação de um contexto favorável à cultura da paz. Por fim, o estudo aponta que o brincar – desde o nascimento, até o último momento da vida do sujeito – pode ser um recurso para fazer com que o indivíduo enfrente conflitos e divergências do cotidiano, ao mesmo tempo em que serve para transformar experiências violentas, previamente vividas, e criar novas formas de viver, de modo autônomo, criativo e espontâneo.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Psicologia Clínica}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }