@MASTERSTHESIS{ 2024:31988959, title = {Enunciação e linguagem: um estudo sobre a escrita do sujeito autista.}, year = {2024}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1928", abstract = "O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma desordem do neurodesenvolvimento presente desde o nascimento ou começo da infância, que, por se tratar de um espectro, pode se manifestar de forma e intensidade diferentes nos sujeitos. De modo geral, o comprometimento de linguagem oral envolve desde a persistência em assuntos específicos ou dificuldade em manter um diálogo até o mutismo e a ecolalia. Estudos sobre a linguagem escrita e o autismo ainda são poucos quando comparados à oralidade. O objetivo geral desta pesquisa é analisar o processo de aprendizagem da escrita e sua relação com o sujeito, considerando a singularidade da criança autista. Para isso tivemos como objetivos específicos examinar as marcas enunciativas na escrita do sujeito autista e analisar se há especificidades que caracterizem o processo de aquisição da escrita no autismo. Apresentamos como marco teórico os estudos linguístico-enunciativos de Émile Benveniste (2022) e seus desdobramentos nas pesquisas de Endruweit (2004; 2006; 201O), Silva e Endruweit (2011) e Flores (2018) para tratar da aquisição da escrita e da enunciação, construindo, a partir destes estudos, um percurso dentro da clínica do autismo. Trata­ se de uma pesquisa qualitativa e longitudinal do tipo de estudo de caso, realizada a partir da escrita de uma criança de 9 anos de idade, diagnosticada com Autismo, nível 1 de suporte e em acompanhamento psicopedagógico, estudante do 3° ano de uma escola particular do município de Fortaleza, no estado do Ceará. Durante oito meses, foi feito acompanhamento psicopedagógico na clínica, realizado em sessões semanais de 40 minutos, para serem coletados dados da escrita infantil, por meio de fotos, gravações em vídeo, os quais foram posteriormente analisados seguindo as orientações enunciativas benvenistianas. Ao final das análises observamos especificidades no processo de aquisição da escrita da criança autista, que configuraram uma relação singular do sujeito. As especificidades não dizem respeito as características da escrita tratadas na psicogênese da escrita, mas ao tardio envolvimento do sujeito com a modalidade escrita da linguagem, caracterizadas por fugas do tema escrita e a persistência em não registrar o nome próprio completo. Buscamos com os nossos achados contribuir para uma pedagogia, que valorize não somente a língua, mas a linguagem e suas mais variadas manifestações. Para que, assim, possamos incluir a criança autista no processo de aquisição da linguagem escrita, afinal, o ambiente fornece os estímulos linguísticos e a criança fornece as repostas.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Ciências da Linguagem}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }