@PHDTHESIS{ 2024:2066208057, title = {Espiritualidade, saúde integral e complexidade: faces e interface.}, year = {2024}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1930", abstract = "Partimos da acepção que o ser humano não é dual -mente e corpo-, mas multidimensional. Edgar Morin é um dos grandes pensadores cujas defesas adquiriram grande importância diante das novas demandas de compreensão e ação decorrentes dos problemas que cercam o ser humano. Neste sentido, o presente estudo reconhece a importância dos princípios de Edgar Morin, especificamente sua compreensão acerca do humano, para um entendimento da complexa compreensão da saúde, enquanto integral, ao nível Gestalt-terapêutico. O paradigma de complexidade de Edgar Morin implica fortes relações entre conceitos que envolvem cérebro-mente-espírito, que direcionam discursos e saberes em um contexto de relações conscientes e intencionais em prol do bem-estar humano. A saúde integral propõe uma mudança radical em torno dos problemas sociais e supera o pensamento simplificador que tende a equalizar o conhecimento investigativo e o conhecimento entre coisas e pessoas, ou seja, entre o social e o não-social, especialmente no que tange à concepção de saúde na atualidade. O itinerário investigativo, pautado numa perspectiva de abordagem qualitativa, exploratória, suleou-se numa problemática que teve a seguinte indagação: a espiritualidade é constituinte da saúde do humano? Para tanto, analisou-se o conceito de saúde, patologia, humano em Morin espiritualidade antropológica pautada em Francesc Torralba. A partir de pressupostos epistemológicos de Morin, encontramos acessos que permitiram supor o entendimento humano, não como identidade, mas participante de algo comum entre os humanos, não como ser supranatural e nem antinatural, mas seres ligados à vida, à terra, esta ao sol e este ao cosmos, cujo destino comum é nascer e morrer, sofrer e poder ser feliz e que tem por fundamento da religião, não a salvação, mas a perdição, ou seja, estamos perdidos juntos, no palco das incertezas, dúvidas, buscando juntos as possíveis, cabíveis e aceitáveis saídas, da natural agonia pelo imperativo dialógico, numa pauta do improvável e da necessária complementariedade dos contraditórios, já que a complexidade significa não só de que tudo está ligado a tudo, mas também de que coisas, seres, conceitos diferentes não devem ser expulsos quando uns se encontram com os outros. Em Torralba, a espiritualidade é compreendida como desenvolvimento pleno da pessoa, não só no sentido individual, mas coletivamente, ou seja, cada ser humano, pertencente ou não a uma tradição religiosa, dispõe de uma espiritualidade que o permite ser protagonista e ator da sua história, orientar sua existência, dar um sentido à sua vida e preencher necessidades básicas da ordem espiritual, tais como felicidade, bem-estar integral e gozo da beleza da cultura, numa perspectiva que o bem pessoal presumi o bem coletivo. Acredita-se que é isso que se busca na Gestalt-Terapia, a integração da pessoa na totalidade. Deste modo, espiritualidade pode envolver tradições religiosas centradas na crença em um poder superior, mas também pode envolver uma crença holística em uma conexão individual com os outros e com o mundo como um todo. Assim, defende-se, na presente tese: a espiritualidade não como um adendo ou um conceito de diversos saberes, mas uma constituinte da saúde integral do ser humano. Com isso, não estamos propugnando que esse estudo exaure as possibilidades de pesquisa sobre a questão da tese, aqui, propugnada, mas, sobretudo, pretende-se por meio dela possibilitar uma reflexão crítica sobre a espiritualidade e suas novas configurações, no nosso atual contexto, especialmente, quando se trata da questão saúde.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Ciências da Religião}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }