@PHDTHESIS{ 2024:2022889288, title = {Uma mãe nova ou uma nova mãe?: um estudo sobre os sentidos da maternidade para as mulheres a partir dos 35 anos.}, year = {2024}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1940", abstract = "Muitas mulheres adiam as suas gestações para idades “mais avançadas”. Sobre esta realidade, o Ministério da Saúde, no seu Manual de Gestação de Alto Risco, definiu como idade materna avançada (IMA) a gestação de mulheres com 35 anos ou mais. Nos últimos 30 anos, no mundo, os índices de nascimento vêm decrescendo, contudo os números de gravidezes em mulheres com idades a partir dos 35 anos vêm aumentando em ritmo maior do que em qualquer outra faixa etária. Partindo desse contexto, a pesquisa que subsidiou esta tese, teve como pergunta-problema: seria a gravidez em idade materna avançada, e todas as possíveis dificuldades atreladas à mesma, realmente uma opção para as mulheres como resultado de seu “empoderamento” e, consequente, “poder” de decisão feminina? Ao refletir sobre essa questão e pensando na pressão social que as mulheres sofrem com relação a serem mães, podemos problematizar se essas gravidezes em IMA configuram-se como uma decisão ou como mais uma forma de “imposição”, um direcionamento social, uma maneira de “cobrança” feita no sentido de fazer com que as mulheres “cumpram” o que esperam dela biológica e socialmente: procriar. Nessa perspectiva, nosso objetivo geral foi: compreender os sentidos da maternidade para as mulheres com gravidez em idade avançada. E, como específicos: mapear os discursos construídos em torno da maternidade em idade avançada; cartografar o campo de forças social, biomédico e psicológico que atravessam as mulheres que engravidaram em idade avançada; e analisar as construções subjetivas construídas a partir desse campo de forças. Nosso caminhar metodológico baseou-se no viés qualitativo da abordagem cartográfica, fazendo uso do roteiro para informações de dados sociodemográficos das participantes, da entrevista narrativa e do diário de campo como meios para conhecer e entrar em contato com as cinco mulheres que participaram desta pesquisa. Os resultados demonstraram que não há um único sentido que dê conta do que leva uma pessoa a ser mãe após a idade considerada “segura” pela medicina para maternar, inclusive que ter um filho a partir dos 35 anos não seria uma opção, mas o momento da vida que cada uma delas conseguiu para dar à luz. E assim, foram encontrados sentidos vinculados desde ao sonho de tornar-se mãe, independente dos anos de vida que já se tenha, até a preocupação com a cobrança social pela demora em engravidar. Foi possível identificar, também, que, junto com realidade de se ter um filho em IMA, havia toda uma preocupação em solucionar aspectos importantes, por exemplo, a falta de um parceiro, casamento e condições financeiras que dessem segurança para engravidar e, ainda, a aceitação do uso da tecnologia, como: congelamento de óvulos e a inseminação artificial para conseguir ter uma criança. A psicologia ganha com a discussão dessa temática ao abrir espaço para “ouvir a voz das mulheres” e proporcionar ambientes de reflexões sociais, acadêmicas e de pesquisas científicas, para que cada vez mais as necessidades femininas ganhem força e as mulheres construam linhas de fugas potentes o suficiente para ir contra as linhas rígidas sociais que decidem sobre seus corpos.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Psicologia Clínica}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }