@MASTERSTHESIS{ 2024:1927812173, title = {Razão técnico-científica e capitalismo libertário: uma nova barbárie?}, year = {2024}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1941", abstract = "O ponto de partida foi analisar a fusão histórica entre a razão voltada, para as tecnologias em detrimento do ser e das relações humanas sob o império da physis, e o capitalismo hegemônico com sua lógica anárquica de acumulação, a todo custo, e de exclusão. Sendo o capitalismo também um discurso, suas crenças disnômicas promovidas na realidade social criam uma forma de subjetivação nomeada de “o homem unidimensional”, reduzido à luta por sobrevivência, à vida vivida só na imanência e no interesse individual; dado este princípio, segue-se um retrocesso ao narcisismo, dissociado do Outro e do outro ôntico do laço social, suscitando a desregulação do mal-estar na civilização, cujos valores declinam. A vida agora, refém da positividade, na ausência do operador dialético, tem seu movimento criador voltado contra si mesma, revelando relações entre capitalismo e pulsão de morte. O problema é descrever e interpretar como a razão instrumental, isenta de autocrítica, vinculada à lógica de mercado do capitalismo cultural, explorador da liberdade, investe contra: universidades, família e tradições de autonomia das culturas cujas características não flutuam ao sabor de conjunturas. A ideologia emergente leva a: padronização do pensamento; instituição do gozo pulsional pré-linguístico, assim como ao desmentido perverso da diferença sexual realmente existente. Vetores orientam a pesquisa: o primeiro analisa como o modo de funcionamento da razão científica leva ao retrocesso do homem unidimensional (expressão marcuseana referida ao ser humano imantado pela imanência), sem transcendência. O segundo, problematiza a democracia liberal (predomínio do indivíduo sobre o coletivo), que leva ao excesso de direitos e ausência de deveres, associando liberdade ao gozo (o que vai além do prazer), à licenciosidade. A articulação de uma noção filosófica com a liberação das pulsões se autoriza da proposição lacaniana: “O inconsciente é a política”. O terceiro descreve a decadência da universidade tornada operacional, instituinte da nova barbárie como destruição da cultura, ameaçadora da vida e do homem.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Filosofia}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }