@PHDTHESIS{ 2024:445928996, title = {A experiência de filho(a) enlutado(a) de pais que deram fim à própria vida.}, year = {2024}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1991", abstract = "O pôr fim à vida surge como possibilidade do ser humano da Antiguidade à contemporaneidade. Ante tal acontecimento, o luto, como resposta do existir humano à perda de um ente querido, também se faz presente, enquanto fenômeno, no mesmo lapso de tempo ao qual se aludiu. Este trabalho tem como objetivo geral compreender a experiência de filho(a) enlutado(a) de pais que deram fim à própria vida, e como objetivos específicos: a) problematizar brevemente o fenômeno do pôr fim à vida e do luto no Ocidente; b) descrever o modo “como” está sendo experienciado o enlutamento de filhos(as) cujo pai/mãe deu fim à própria vida; e c) explicitar as possibilidades compreensivas do modo como a “situação hermenêutica” vai se apresentando na narrativa dos(as) colaboradores(as), em atenção à circularidade hermenêutica, que aponta para a dimensão do sentido. A pesquisa é de natureza qualitativa fenomenológica, iluminada pelos pressupostos da Fenomenologia Hermenêutica de Martin Heidegger, sobretudo os que tratam da situação hermenêutica e suas coordenadas – ponto de vista, perspectiva e horizonte. Entrevistamos cinco filhos(as), quatro do gênero feminino e um do masculino. O caminho metódico foi trilhado a partir das narrativas dos(as) colaboradores(as) e do diário de afetações deste pesquisador, para compreender como cada um(a) experienciou a perda de seu ente querido. Em diálogo com os(as) colaboradores(as), apresentou-se como ponto de partida a busca de explicações para justificar a dor e o sofrimento pela perda do pai/mãe. As narrativas chamaram atenção por revelarem a luta enfrentada pelos(as) colaboradores(as) da pesquisa para reencaminharem as suas vidas. Em suas singularidades, vivenciaram medo, desespero, tristeza, ansiedade, desorientação, desamparo, raiva, culpa, perda da memória, abandono, julgamentos e preconceitos. Professar uma crença espiritual possibilitou a elaboração da experiência do luto com menos pesar pela perda. A rede de apoio, quando presente junto aos(às) colaboradores(as), foi fundamental para o acolhimento do sofrimento. Percebemos que o estigma e o tabu que envolvem o pôr fim à vida reforçam, na sociedade, conceitos prévios, que podem vincular o ato à profissão de psicólogo(a), como se esse(a) profissional tivesse o poder de impedir a morte da pessoa que decidiu desistir da vida. Observamos também que a mídia pode amplificar o acontecimento e gerar, na sociedade, comoção popular, dificultando a realização dos atos fúnebres, como ocorreu com uma das colaboradoras.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Psicologia Clínica}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }