@MASTERSTHESIS{ 2014:1116532333, title = {Crianças e o CAPSI : do imperativo ao hiperativo. qual o tratamento?}, year = {2014}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/204", abstract = "Partimos da evidência no discurso contemporâneo do excesso de diagnóstico de hiperatividade. Nossa pesquisa realizada em CAPSi (Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil) constatou a utilização do termo Imperativo ou criança imperativa para nomear essas crianças. O funcionamento hiperativo pode se beneficiar da leitura da psicanálise, que destaca os diversos níveis em que o imperativo atinge o sujeito. Isto foi possível a partir de nossa adesão a sublinha de pesquisa Limites, fronteiras e endereçamentos entre mãe e criança de Nanette Zmeri Frej. Conforme o movimento da Aufhebung freudiana apresentado por Frej (2003), as primeiras fronteiras vão estruturar o eu como algo distinto do objeto e as funções da Atenção e da Motricidade (eixos no diagnóstico do transtorno da hiperatividade). Outro limite ao movimento pode ser situado no Complexo de Édipo que interdita o incesto e regula as relações humanas. Este limite também terá influência na Atenção, na Motricidade e, sobretudo na conduta, que pode ser transgressiva. (Forma outro eixo diagnóstico). Essas considerações contribuíram para nos aproximar do modo como os profissionais do CAPSi entendem uma criança hiperativa e seu tratamento. A aproximação se deu também através de entrevistas semi-estruturadas às profissionais que trabalham com as crianças que têm o diagnóstico pesquisado sobre a concepção que têm dessas crianças e o tratamento realizados com elas. Constatamos que a hiperatividade das crianças está relacionada aos problemas das primeiras fronteiras que distinguem o eu do mundo externo. Eu-outro como se vê em sua ausência de endereçamento, já que não param e que muito da hiperatividade e dos transtornos de conduta representam conflitos da criança e do adolescente com a Lei Edípica, exemplificados nas falas reportadas pelas profissionais: Me ensine a ficar quieto! A obedecer! Isso nos permite identificar que, ao lado das intervenções disciplinares, expressas no dar limites às crianças, as profissionais tentam dar conta dos limites constitutivos em suas intervenções, fazem hipóteses nas crianças de sujeito e consideram também os endereçamentos nas relações delas a seus Outros. Ao final, constatamos a importância do próprio CAPSi não ceder aos imperativos de produtividade e de esquecer dos limites de suas intervenções que precisa considerar a interdisciplinaridade e a atuação em Rede a fim de que ele próprio não fique hiperativo.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Psicologia Clínica}, note = {Psicologia Clínica} }