@MASTERSTHESIS{ 2006:1670909922, title = {Ter um filho oficial do exército: uma delegação transgeracional?}, year = {2006}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/213", abstract = "A maioria dos estudos sobre pais discute o desinteresse dos homens, em termos afetivos, pelos afazeres de seu filho. Porém, muito se tem falado sobre a construção de um novo papel de pai, embasado em novas perspectivas de gênero. Surge um pai sensível aos seus filhos e aberto ao diálogo. E o pai com formação militar e sua família não estão isentos dessas modificações sócio-culturais. Enquanto Oficial do Exército lidará com hierarquia e disciplina e, enquanto pai irá transmitir delegações, nos projetos pessoais e profissionais dos filhos. O objetivo geral desta pesquisa consistiu em analisar a influência exercida pelo pai, Oficial do Exército, na decisão do filho homem para seguir carreira militar. Para isso, entrevistamos 20 (vinte) cadetes filhos e netos de militares do Exército e que estão cursando a AMAN. Os dados foram coletados através de entrevista semidirigida realizada com os participantes individualmente. Elas foram transcritas e analisadas com base na técnica de Análise de Conteúdo (MINAYO, 2004), tendo sido identificados 12 (doze) núcleos de sentido . Esses núcleos foram categorias que se destacaram pela freqüência com que os cadetes as verbalizaram, apresentados em consonância com os objetivos específicos da pesquisa, que foram: investigar, na perspectiva do filho militar, as motivações e os sentimentos acerca da carreira militar, assim como, identificar os fatores facilitadores e críticos de sua carreira profissional e analisar as expectativas dele a respeito do futuro do próprio filho. Conclui-se, através dos cadetes entrevistados, o quanto é poderosa a influência do pai nas decisões dos projetos pessoais e profissionais do filho que escolhe ser oficial combatente do Exército. Observou-se o quanto a imagem do pai, homem militar é cultuada e legitimada como objeto a ser perpetuado nas gerações. O menino desde pequeno compreende a identidade masculina como símbolo de força e destemor, representada, inclusive, pela rusticidade da vida militar e o uniforme. Embora saibamos que não podemos generalizar os dados coletados, uma vez que se trata de uma pesquisa de natureza qualitativa, podemos afirmar que esse pai direciona sistematicamente o cotidiano do filho, existindo uma espécie de mito inserido nestas famílias em torno do ser militar , estabelecendo que a meta familiar deverá manter, em pelo menos um dos filhos do sexo masculino um oficial combatente do Exército em cada geração. Observou-se também o modo de interação / expulsão estabelecido na família. Para que a delegação seja cumprida, e assim manter o compromisso de se ter um filho oficial do Exército , é necessário o afastamento, a saída do filho de casa para dedicação exclusiva as atividades militares através do sistema de internato na Academia. Parece - nos existir entre a família e o filho uma espécie de pacto que ora expulsa o filho e ao mesmo tempo rege o modo de vida deste. Esperamos que esse trabalho possa contribuir para a Psicologia Militar e outros estudos, uma vez que quase não há pesquisas voltadas para esse tema", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Psicologia Clínica}, note = {Psicologia Clínica} }