@MASTERSTHESIS{ 2014:1424526222, title = {Gritos, réguas, apitos : uma naálise discursiva do educador que utiliza formas de silenciamento em sala de aula}, year = {2014}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/784", abstract = "Apesar de tantos projetos educacionais, de tantas capacitações, formações de professores e das diversas equipes multidisciplinares, ainda se tem muito o que fazer em favor da relação educador/educando. A relevância deste estudo surgiu da observação de existência e necessidade de pesquisas em torno do uso de instrumentos que acabam por silenciar o aluno. Por que eles existem, se são mesmo necessários, ir em busca dos efeitos de sentido de uma fala autoritária e estridente, batidas de uma régua sobre a mesa, um cadeado sendo batido no birô, ou até mesmo o uso de um apito para fazer calar o educando. Todas essas questões são observadas nesta pesquisa, na medida em que se procura descrever e analisar como funcionam discursivamente tais instrumentos. O objetivo geral desta pesquisa é analisar o discurso do educador a respeito de estratégias, instrumentos silenciadores em sala de aula. Os objetivos específicos são: identificar e analisar as formações imaginárias, discursivas e ideológicas existentes neste discurso pedagógico, com o uso desses instrumentos: voz alta, batidas de régua sobre a mesa, cadeados, e até apito, utilizados pelo professor, para que gerem efeito silenciador nos discentes. A coleta do corpus discursivo foi realizada através de entrevista semiestruturada com oito educadores da rede municipal de Recife-PE. Analisamos a formação discursiva e ideológica marcada na utilização desses instrumentos. Observamos o discurso do profissional de educação a partir dos pressupostos teóricos e analíticos da Análise do Discurso de linha francesa, fundado por Pêcheux, na França, e trabalhado por Orlandi e seguidores, no Brasil. Por fim, buscamos entender quais as interferências e os efeitos de sentido desse tipo de procedimento, buscando compreender que sujeito é esse, e o que ele quer dizer, e não o diz, o que pode dizer e não é dito. A partir dessa abordagem, compreendemos que não há discurso sem sujeito, e também não há sujeito desagregado de ideologia (ela é inerente ao sujeito), ou seja, o sujeito é a todo momento interpelado e perpassado por uma ideologia, e é através dessa ideologia que a língua faz sentido. O corpus foi trabalhado, constituindo-se de sequências discursivas, e analisado a partir dos procedimentos analíticos da própria Análise do Discurso de linha francesa. Na posição de pesquisadora/analista, procuramos nos manter no lugar de escuta, para, além das evidências, a posteriori, entender que o processo de constituição dos sujeitos entrevistados se dá através da ideologia e do inconsciente, considerando-se principalmente a opacidade da linguagem. O que se percebe é a predominância do discurso pedagógico institucionalizado e legitimado pela própria escola. Concluímos a dissertação, cientes de que algo sempre faltará, pois esta é a incompletude que tanto inquieta a nós, sujeitos-pesquisadores, moventes e sempre em constituição.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Ciências da Linguagem}, note = {Ciências da Linguagem} }