@PHDTHESIS{ 2013:1009891011, title = {A-cerca da política e clínica do autismo no século XXI : o autista como objeto e o objeto autístico para a psicanálise}, year = {2013}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/849", abstract = "Esta dissertação é fruto de uma investigação sobre a especificidade dos objetos na clínica do autismo. Por ser bastante frequente na clínica do autismo as chamadas estereotipias e fixações em objetos próprios, alguns psicanalistas teorizaram sobre a complexidade dos objetos autisticos na clínica. Essas teorias estão sendo revisitadas por alguns psicanalistas contemporâneos que se contrapõem à proposta de Frances Tustin, de que os objetos autísticos são nocivos. As novas hipóteses afirmam que a fixação do autista nos objetos não se reduz a estereotipias sem fundamento; é uma repetição da ordem do gozo, numa constante tentativa de barrar seu excesso. Fazer barreira é constituir limites e fronteiras. O manejo dos objetos, é uma invenção do autista, visa refrear o gozo, dar lugar a um endereçamento ao Outro e mobilizar sua posição encapsulada em si mesmo. Acreditamos que este posicionamento traz uma mudança de paradigma, pois retira o autista do lugar de deficitário para o de responsável em inventar possibilidades de assujeitar-se . Portanto, fizemos uma importante reflexão sobre o contexto político e clínico do autismo no século XXI. Articulamos a premissa de Lacan, de que toda formação humana tem por essência, e não por acaso, refrear o gozo, às novas hipóteses de que o uso dos objetos é uma invenção do autista que busca o ordenamento do excesso de gozo. Apostamos que este posicionamento implica em uma postura clinica ética com a vida dessas pessoas que, com muita dificuldade, tentam se endereçar ao Outro. Em paralelo aos estudos teóricos, realizamos uma pesquisa em um Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil (CAPSi) da cidade do Recife, com o objetivo geral de compreender a especificidade dos objetos na política, teoria e clinica do autismo. Especificamente: Compreender a função dos objetos autísticos na teoria da clínica psicanalítica; Analisar o discurso vigente nas políticas de tratamento do autismo;Realizar uma pesquisa de campo com a função de ilustrar os usos dos objetos autisticos em um capsi. No tocante à metodologia, os dados analisados são oriundos da revisão de literatura e dos prontuários de crianças com diagnósticos de CID F84 a F84. 9 (Transtornos Globais do Desenvolvimento) no CID 10, (Classificação Internacional de Doenças), objetivando identificar a existência destes objetos na experiência clínica dos profissionais. Esses dados foram analisados à luz da teoria psicanalítica freudlacaniana, dando-se destaque ao significante. A escolha do serviço para realização da pesquisa não foi aleatória ou sem propósito. Acreditamos que o CAPSi, por ser um serviço novo e intensamente desafiador, constitui-se num local de valiosas experiências clinicas, que exige dos profissionais reinventarem cotidianamente suas práticas. Nos três casos analisados podemos atender aos objetivos propostos, e compreender a especificidade dos objetos autisticos para cada um. Percebemos que, nos casos analisados, a conduta e o saber clínico que profissionais ocupam na clinica do autismo, consiste em um lugar de vazio de gozo, secretariando o sujeito em suas invenções.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Psicologia Clínica}, note = {Psicologia Clínica} }