@PHDTHESIS{ 2015:2027382675, title = {Obesidade infantil na perspectiva bioecológica do desenvolvimento humano}, year = {2015}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/866", abstract = "A obesidade infantil representa um crescente problema de saúde pública, sendo geralmente atribuída à predisposição genética. Contudo, consumo alimentar inadequado, estilo de vida, ambiente familiar, características pessoais e emocionais da criança e questões sociais também se relacionam com o excesso de peso. Esse estudo analisou a relação entre os sistemas familiar e social e os atributos pessoais de crianças obesas, no desenvolvimento da obesidade infantil, à luz da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano. A tese está composta por três artigos. O primeiro, através de uma revisão da literatura, descreve o método da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, de Urie Bronfenbrenner, na pesquisa de famílias com crianças obesas. O segundo, identifica a influência dos contextos ecológicos de crianças obesas que podem contribuir para seu estado de obesidade. Participaram do estudo oito crianças, de ambos os sexos, na faixa etária entre 8 a 12 anos, e suas responsáveis, cinco mães e duas avós, na faixa etária entre 34 a 64 anos. Todas pertencem à camada social menos favorecida financeiramente e atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Foram utilizados como instrumentos fichas de coleta de dados biossociodemográficos a partir dos prontuários clínicos, a entrevista semi-estruturada (um roteiro específico para cada grupo) e o Desenho da Família (apenas com as crianças). Os dados foram analisados com base na técnica de análise de conteúdo temática e o teste projetivo baseado nos aspectos formal, geral e de conteúdo. Os resultados mostraram que as crianças dessa pesquisa estão inseridas em sistemas familiares marcados tanto por vivências sofridas e eventos dolorosos como pela superproteção. Os avós interferem na dinâmica educacional dos pais. O relacionamento entre os irmãos e colegas geralmente é marcado por rejeição e conflitos, o que as leva a experimentar solidão, acarretando prejuízos às relações sociais das crianças. A falta de coerência entre o que preconizam as políticas públicas relacionadas à prevenção da obesidade infantil na esfera social parece não favorecer o incentivo, o apoio e a proteção à saúde recomendados nos cuidados e ações contra a doença. O terceiro, analisa através dos núcleos Pessoa e Tempo do Modelo Bioecológico, as características pessoais e a história de vida de crianças obesas e de suas famílias que se inter-relacionam na gênese e manutenção da doença. O delineamento metodológico foi o estudo de casos múltiplos, que incluiu duas crianças, de ambos os sexos e duas mães. Os instrumentos utilizados na pesquisa foram uma ficha de coleta de dados biossociodemográficos a partir dos prontuários clínicos, a entrevista semiestruturada e o Desenho da Figura Humana (apenas com as crianças). Os resultados mostraram que as crianças apresentam dificuldades relacionadas a sua imagem corporal. Suas histórias revelaram segredos familiares relacionados às figuras parentais, fenômenos transgeracionais e relação mãe/criança caracterizada pela baixa autonomia da criança levando a uma falta de diferenciação da díade, o que dificulta o domínio dos problemas enfrentados.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Psicologia Clínica}, note = {Psicologia Clínica} }