@PHDTHESIS{ 2015:681464372, title = {Da revalidação do nome-do-pai à posição diante da lei e do ato infracional na operação adolescente}, year = {2015}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/867", abstract = "A adolescência implica uma operação subjetiva que convoca o adolescente a assumir novas posições, em virtude das várias transformações que vivencia. Em contato direto com o significante da falta no Outro, o adolescente é intimado a reposicionar-se frente ao Outro e à castração. O Nome-do-Pai é colocado em cheque e a relação do adolescente com a Lei é marcada por conflitos e ambivalências. Revalidar o significante Nome-do-Pai constitui questão central. O crescente envolvimento de adolescentes com infrações tem dado destaque a esta temática, convocando-nos a pesquisar sobre esta questão. Nosso objetivo geral foi investigar a relação entre a posição de adolescentes infratores e não infratores diante da Lei e a operação de revalidação do Nome-do-Pai. Especificamente, buscamos analisar o significado de ser adolescente nos dias atuais, investigar a posição desses adolescentes diante da família e das autoridades constituídas, investigar concepções de adolescentes a respeito da Lei e da infração e analisar as posições de adolescentes infratores e não infratores. Através da entrevista semidiretiva com questões concernentes à adolescência, à lei e à infração cometida por adolescentes, ouvimos adolescentes infratores e não infratores. As entrevistas com adolescentes infratores foram realizadas em Casas de Semiliberdade da cidade do Recife, na FUNASE, com adolescentes que cumpriam medida socioeducativa. Os adolescentes não infratores foram estudantes de escolas da rede pública da cidade do Recife, onde as entrevistas foram realizadas. Guiada por fundamentos psicanalíticos, nossa escuta buscou privilegiar aspectos que poderiam ser indicativos de formações do inconsciente: equívocos, tropeços, contradições, pausas, atentando para os deslizamentos no discurso. Os resultados das análises nos indicam que a adolescência traz consigo descobertas e conquistas, mas também a contestação ao Outro, sendo isso muito mais intenso nos adolescentes infratores do que nos não infratores. Apontaram para a vulnerabilidade do adolescente em se envolver com a infração, sobretudo pela importância que tem o grupo na operação que vivenciam. A posição deles diante da família e das autoridades sugeriu que, no caso de adolescentes não infratores, a contestação ao Outro não ultrapassa a fronteira da transgressão característica da operação adolescente, pois há um Outro que lhe dá suporte, ao contrário do que ocorre com os infratores. Percebemos posicionamentos diferentes diante da Lei: no caso dos adolescentes não infratores, há o encontro com um Outro que se coloca como lugar de endereçamento, possibilitando-lhes revalidar o Nome-do-Pai, ainda que, nesse processo, recorram a transgressões, num apelo ao Outro para reafirmar o interdito; no caso de adolescentes infratores, esse encontro não se dá, fazendo obstáculo ao processo de revalidação, conduzindo-os ao caminho da infração. Os resultados indicam que a posição do adolescente diante da Lei depende da revalidação do Nome-do-Pai e tem como condição o encontro com um Outro que se sustente como lugar de endereçamento, de alteridade radical e transmissão da Lei. Eles fazem avançar o debate sobre a clínica da adolescência e a relação do adolescente com a Lei e o ato infracional, subsidiando a reflexão de questões que tocam esta temática a fim de viabilizar intervenções que o ajudem nessa travessia.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Psicologia Clínica}, note = {Psicologia Clínica} }