@PHDTHESIS{ 2016:2005750221, title = {A potência do afeto: por uma clínica da gestão}, year = {2016}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/876", abstract = "A transição de modelo de gestão numa empresa é uma tarefa complexa, que envolve um conjunto de variáveis, muitas vezes dispersas, dentre elas as imprevisíveis, ou seja, aquelas que atravessam a execução do planejado. Nas empresas familiares, o imprevisível pode ser marcado pela dimensão afetiva, que está entrelaçado à gestão e a família. A presente pesquisa de doutorado teve como objetivo acompanhar e sistematizar um processo de mudança de um modelo centralizado de gestão de Recursos Humanos (RH) para um modelo distribuído e consultivo, numa empresa familiar de médio porte em Pernambuco, acolhendo a dimensão afetiva como potência transformativa, por meio da criação de práticas cotidianas provenientes da própria cultura organizacional familiar, para construção do novo modelo de funcionamento da área de RH. Na tentativa de sistematizar esse processo, uma questão norteadora do estudo foi construída: Como a psicologia conectaria elementos constitutivos de outros territórios teóricos e metodológicos, para propor uma clínica da gestão, que acolhesse e cuidasse da dimensão afetiva na transição de tais modelos? . Adotou-se uma estratégia múltipla quanto ao referencial teórico, por meio da ergologia, esquizoanálise e psicossociologia a partir do enfoque metodológico da cartografia de Deleuze e Guattari (1995), Barros e Kastrup (2009) e Rolnick (2011) em que intervir é acompanhar processos de produção de subjetividade. A intervenção foi realizada numa empresa familiar, com sede em Olinda-PE e atuação no comércio de consumo de alimentos prontos. Participaram da pesquisa, gestores de loja, diretores, psicólogas, gestora de RH e trabalhadores que se revezaram em momentos distintos da pesquisa, dividida em quatro movimentos: exploratória, aprofundada, ação e avaliação. Como modo de construção do novo modelo, optou-se na primeira fase exploratória - por uma análise documental do Manual de Integração (MI) dos novos funcionários e a escuta dos diretores, psicólogas, gestores de loja e gerente de RH através de conversas reflexivas para montagem do diagnóstico. Ainda nesta fase, os trabalhadores foram escutados através dos seus comentários, descritos no documento pesquisa de clima organizacional, realizada pelo setor de RH antes da nossa pesquisa. Nas demais fases, adotamos o uso de dispositivos diversos, para acessar as experiências dos participantes. Também foi utilizado o Diário de Campo do pesquisador como registro das impressões, observações e sentimentos ao participar dos dispositivos planejados: oficina temática, reuniões de esclarecimentos, supervisão e rodas de conversas. Como método para análise das produções e notas do diário de campo, utilizamos o uso de mapas mentais (Novak & Gowin, 1996), construídos por meio dos aplicativos online GOCONQR® e remoto CMAPTOOLS®, produzindo uma topografia das marcas e traços que circularam no rizoma-gestão, por meio de ações transformativas. Ao final, compreendemos que a clínica da gestão, se posiciona como uma clínica do trabalho, em que suas intervenções, visam por meio de experimentações e invenções, dar passagens aos afetos implícitos e explícitos nas narrativas das empresas familiares, por meio do reconhecimento e acolhimento de tal dimensão, circunscrevendo novas práticas baseada no diálogo entre os trabalhadores, gestores e direção da empresa.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Psicologia Clínica}, note = {Psicologia Clínica} }