@MASTERSTHESIS{ 2017:1735450568, title = {A psicanálise como terapêutica para o autismo: contribuições e polêmicas quanto à sua participação nas políticas de saúde para criança}, year = {2017}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/943", abstract = "O autismo é objeto de estudo da Psicanálise desde que foi categorizado pela nosologia psiquiátrica, passando depois por diferentes enquadramentos e nomeações, em classificações psicopatológicas atravessadas por concepções epistemológicas distintas. Ele representa um grupo complexo de transtornos do desenvolvimento e pode ocasionar alterações cognitivas, emocionais e relacionais. Portanto, não tem uma única apresentação clínica, tampouco apenas uma causalidade, exigindo diversas terapêuticas para sua detecção e tratamento. No Brasil, exatamente no período de amplo debate e conquistas de direitos para as pessoas com autismo e suas famílias, através da instituição da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo, em 2012, surgiram impedimentos ao exercício da Psicanálise na atenção a esse público, no âmbito das políticas de saúde. Nesse cenário conflituoso foi organizado um movimento social em defesa da aplicação de múltiplas abordagens no trabalho com pessoas com autismo, o Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública (MPASP). O objetivo desta pesquisa de natureza qualitativa foi, portanto, analisar a tensão entre a tentativa de afastamento das práticas psicanalíticas do cenário das políticas de saúde para crianças com autismo e suas famílias no Brasil e o posicionamento dos psicanalistas frente a esse ato político. Os dados foram coletados em bibliografias e através de entrevista semiestruturada, realizada com uma amostra do tipo proposital, composta por 6 (seis) psicanalistas filiados ao MPASP. A discussão e a análise crítica das entrevistas foram realizadas buscando a interpretação dos significados manifestos e latentes dos dados coletados, ultrapassando o caráter meramente descritivo do discurso. Os resultados indicaram que a tensão ocorrida no campo político oportunizou à Psicanálise a construção de um lugar representativo na elaboração e implementação de políticas públicas de saúde, através do MPASP. Constatou-se também que o cenário mais atual da inserção da Psicanálise na atenção às crianças com autismo tem sido o da clínica ampliada. Nesse cenário, evidenciou-se a presença da situação analisante, - proposta por Figueiredo (2011) como a principal tarefa do psicanalista em direção à sustentação da fala nos limiares da linguagem -, assegurando a efetividade da práxis psicanalítica. Desse modo, concluiu-se que a Psicanálise se renova, alcançando diferentes cenários de atenção à criança com autismo ou sob o risco de desenvolvimento infantil, sem perder de vista a emergência do sujeito do inconsciente.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {#500}, note = {#500} }