@PHDTHESIS{ 2017:1516908359, title = {Do ponto de virada das narrativas literárias à intervenção psicanalítica}, year = {2017}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/950", abstract = "O interesse a respeito deste trabalho Do ponto de virada das narrativas literárias à intervenção psicanalítica surgiu do atendimento psicanalítico realizado a três pacientes: Bianca, Jean e Beatriz (nomes fictícios). Bianca é um caso ilustrativo de psicose, já os casos de Jean e de Beatriz são ilustrativos de autismo. A metodologia utilizada foi a do estudo do traço do caso. Nos casos citados, o que se faz marca é uma colagem maciça ao duplo. O duplo, conforme Lacan, é originado de uma imagem idealizada, sem furos, constituída pelo Outro e faz referência ao Unheimlich freudiano. Bianca apresenta uma imagem especular destrutiva, enquanto em Jean e Beatriz a imagem especular ainda está em construção. Nos três casos clínicos, ocorreu algo de surpreendente. Mesmo com a presença da marca destrutiva do duplo, houve metamorfoses corporais inesperadas. Tais modificações na vida de cada um trouxeram a ideia de um “ponto de virada” tal qual ocorre em narrativas literárias. O objetivo da tese é, portanto, analisar como um recurso da literatura, o “ponto de virada”, pode contribuir para intervenções na clínica psicanalítica em casos cuja marca é a colagem maciça com o duplo. O ponto de virada ou peripécia diz respeito à presença de um elemento que mantém uma coerência com a história e, ao mesmo tempo, traz modificações na direção e no próprio sentido da narrativa. Esse elemento surpreendente parece, à primeira vista, acessório, mas se torna fundamental. A peripécia realiza uma subversão ao que é esperado na história, transformando a relação entre a figura e o fundo da narrativa e das imagens constituídas por esta. O trabalho de tese aponta para a ideia de um psicanalista, que se utiliza da transferência para tecer retalhos da narrativa do caso clínico. Os retalhos são elementos acessórios, inicialmente impossíveis de serem vistos ou escutados. O psicanalista, ao mesmo tempo em que tece os retalhos, ocasiona furos na narrativa, gerando, dessa forma, uma subversão a uma imagem destrutiva. É o entorno que gera a própria imagem nas narrativas literárias após o ponto de virada, como também na constituição do sujeito é o que está em volta do sujeito que determina sua imagem especular. Desse modo, se o fundo se modifica, a figura também se tornará diferente. Por meio de intervenções que propiciam uma inversão entre figura e fundo na narrativa constituinte do sujeito, a imagem destrutiva constituída, ou mesmo ainda em construção, poderá ter o rumo modificado e propiciará metamorfoses corporais.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {#500}, note = {#500} }