@PHDTHESIS{ 2017:65956888, title = {Da “voz em off” à palavra escrita: o testemunho do corpo falante em O Escafandro e a Borboleta.}, year = {2017}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/964", abstract = "Nesta tese, analisamos o caso, narrado no livro e no filme O escafandro e a borboleta, obra autobiográfica que apresenta o drama do jornalista francês Jean-Dominique Bauby, editor da revista Elle. Aos 43 anos de idade, sofreu um tipo raro de AVC ─ olocked-in syndrome ─ que resultou num corpo paralisado, amorfo, reduzido a um movimento: o piscar do olho esquerdo. Apesar do corpo inerte e desacreditado pelo discurso da medicina, ele se mostrou subversivo e desejante. Em razão de haver poucos trabalhos de psicanálise publicados e de se tratar de um caso raro de extrema paralisia, decidimos investigar a invenção do falante, diante do confronto com o real do corpo. Para análise, utilizamos o trabalho inconsciente de leitura. Partimos da hipótese que o AVC confrontou Bauby com o real. Para tanto, recorremos aos princípios da clínica e o paradigma da primeira e segunda clínica lacaniana como chave e ferramenta de leitura e análise do caso, nos voltamos a alguns conceitos psicanalíticos: Outro, fantasia, an-gústia, humor e o corpo falante, apresentamos alguns casos clínicos, no sentido de esclarecer como cada falasser se defende do real e esclarecemos o conceito e etiologia do AVC conforme o discurso médico. Para análise do caso em si, dividimos em três momentos: o instante de ver, o tempo de compreender e o momento de concluir. Ao final, constatamos que, diante do con-fronto com o real e da queda dos semblantes, Bauby inventou uma saída singular: outra escrita de si (biografia), serviu-se da escrita (simbólico: a obra), do humor (imaginário) e da fantasia (real: borboleta). Assim, ele construiu novo nome, nova obra e novo corpo fora do corpo em seu saber fazer com o real.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {#500}, note = {#500} }