@PHDTHESIS{ 2018:1394342729, title = {A cura em psicanálise como potência política de transformação.}, year = {2018}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/995", abstract = "Essa tese é mais um esforço no sentido de questionar se a clínica psicanalítica realiza ou não uma experiência de cura. Partimos da hipótese de que o conceito de cura só poderia ser operativo em psicanálise caso fosse crítico à ideia usual de cura. A partir dos trabalhos de Georges Canguilhem, constatamos que no contexto das ciências da saúde, o termo cura não invoca nada no sentido de uma transformação, mas apenas adequação ao ideal de saúde. Assim, a doença, a anormalidade e a indeterminação só podem ser consideradas como erros de percurso, ou seja, são experiências que só podem estar fadadas ao fracasso normativo. Por isso essas experiências devem, necessariamente, ser corrigidas e ajustadas como modo de assegurar as estratégias de controle social. A psicanálise, de Freud à Lacan, é marcada pela tentativa de estabelecer uma clínica cuja cura dos sujeitos não está condicionada à realização da saúde enquanto ausência completa de sofrimento, isto é, enquanto valor normalizado e socialmente reconhecido. Curar-se é em certo sentido realizar uma experiência que não tem lugar e não pode se inscrever na situação e que, por isso, coloca em questão o regime positivo de determinações. Colocar em evidência a potência crítica da cura em psicanálise é uma maneira de problematizar o espírito político de vocação totalizante de determinação das formas de vida. Portanto, há uma potência política de transformação a ser considerada nas experiências de indeterminação, tais como a proposta psicanalítica de cura, que ao se realizarem, promovem a abertura para aquilo que é inexpressável na situação ser o prenúncio de normatividades ainda inauditas.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {#500}, note = {#500} }