@MASTERSTHESIS{ 2018:1608137618, title = {O envolvimento paterno no contexto da paralisia cerebral: o que os pais têm a dizer?}, year = {2018}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1027", abstract = "A jornada do pai vem sendo modificada significativamente, contextualizada por transformações socioculturais e históricas que demandam revisões de valores, comportamentos e papéis, extrapolando a função tradicional de provedor financeiro da família. No contexto da deficiência física, o acometimento de um filho pela patologia crônica remete a família a um redimensionamento de aspectos como: profissional, financeiro, relacional, social e emocional. Esta dissertação focaliza a paternidade no contexto da Paralisia Cerebral (PC) de um(a) filho(a), objetivando compreender o envolvimento paterno à luz da Teoria Sistêmica. A natureza desta pesquisa é qualitativa e participaram cinco pais cujos filhos apresentam diagnóstico de PC. Responderam a uma entrevista semiestruturada, mediante roteiro, que foi analisada segundo a Análise de Conteúdo Temática. A compreensão da experiência do ser e sentir-se pai de uma criança deficiente foi embasada pelo construto Envolvimento Paterno, segundo a dimensão do comportamento do pai via a interação, a acessibilidade e a responsabilidade. As categorias empíricas constituíram duas áreas temáticas: a) o sistema familiar e a PC: do processo de construção da paternidade às modificações no sistema; e b) compreensão sistêmica do envolvimento paterno. Os principais resultados mostraram que: 1) a configuração familiar predominante foi a nuclear, com o pai, em geral, sendo o principal provedor e a companheira dedicando-se aos cuidados com o filho; 2) a notícia do diagnóstico foi recebida com surpresa, tristeza e choque; 3) a PC acarretou mudanças na organização da rotina familiar e na conjugalidade dos pais; 4) os pais mostraram-se envolvidos no cuidado com o filho, desde o período gestacional, à exceção de um deles; 5) todos se disseram disponíveis para atender às necessidades do filho, basicamente nos momentos em que estão presente em casa; 6) apontaram o trabalho como um empecilho à disponibilidade, sobretudo nos cuidados de reabilitação, e ficou marcante o pouco envolvimento da família extensa em sua função de apoio; 7) foram unânimes em alegar mudanças no seu jeito de ser e na concepção de vida, o que promoveu seu crescimento e amadurecimento pessoal; 8) no campo da assistência, podem ser caracterizados como agentes inseridos no tratamento, mesmo que a maioria não participe sistematicamente das consultas e sessões de reabilitação; 9) os profissionais foram percebidos, de modo geral, como pessoas que não oferecem incentivos suficientes para a participação paterna no campo da assistência, pois direcionavam as práticas e discursos à figura materna; 10) apesar das dificuldades enfrentadas, o envolvimento paterno, nesse contexto, foi avaliado como positivo. A sistematicidade, a qualidade e a intensidade do envolvimento variaram: de uma participação e um envolvimento mais operatório (com suposto menor envolvimento afetivo), a uma participação com envolvimento qualitativamente diferente. Há que se revisitar discursos e práticas da equipe de saúde para conhecer o estímulo à participação paterna, empoderando a família no campo da assistência. Aponta-se a necessidade de investigações futuras que ampliem e aprofundem a compreensão sobre o envolvimento paterno no contexto das deficiências e nas novas configurações familiares, oportunizando a criação de espaços onde esses homens possam ser escutados e estimulados a se expressar, empoderando a família, co-responsável na construção de vínculos.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {#500}, note = {#500} }