@MASTERSTHESIS{ 2018:1585700099, title = {Idosas que chefiam lares multigeracionais por recoabitação: escolha ou falta de opção?}, year = {2018}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1036", abstract = "O aumento da longevidade humana está acarretando a maior possibilidade de convivência entre as gerações de uma mesma família. Muitas vezes, devido a diversos fatores que serão apresentados ao longo desta dissertação, tem aumentado também o número de filhos que voltam a morar no lar paterno, trazendo seus próprios filhos, fenômeno denominado recoabitação. Com o crescimento desses lares multigeracionais, muitos idosos são os chefes da família e sustentam seus filhos, netos e até bisnetos. Este tipo de arranjo tanto pode ser fonte de apoio e ajuda mútua, como de conflitos e tensões. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo geral compreender como idosas, que são avós e residem em lares multigeracionais, a partir da recoabitação por parte dos filhos, vivenciam e percebem essa situação. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa da qual participaram nove idosas residentes no município de Vitória de Santo Antão/PE. Essas participantes responderam a um questionário sociodemográfico e a uma entrevista semiestruturada. A entrevista foi gravada, transcrita e, posteriormente, analisada segundo a técnica de análise de conteúdo temática. Os resultados apontaram que: 1) o principal motivo que mobilizou a recoabitação foi a separação/divórcio dos filhos; 2) a maioria das idosas nutria um sentimento de satisfação e conformidade com a recoabitação, devido à ideia de que a mãe deve sempre acolher seus filhos e netos; 3) a volta dos filhos e netos à casa materna ocasionou mudanças tanto na estrutura física da casa, como no dia a dia das idosas, com o acréscimo de afazeres domésticos e de compromissos no cuidado dos netos; 4) grande parte das participantes se considerou a pessoa que estabelece as normas de funcionamento do lar; 5) a corresidência não é garantia de uma relação amistosa entre as gerações; 6) as maiores dificuldades citadas foram as divergências no que se refere à educação dos netos, ao aumento de responsabilidades domésticas e à rebeldia dos netos; 7) as idosas indicaram a companhia dos filhos e netos como o principal benefício da recoabitação; 8) as expectativas em relação a si mesmas envolvem ter saúde e disposição para trabalhar, enquanto para os filhos apresentaram o desejo de que eles se casem novamente e que os netos continuem os estudos; 9) a recoabitação refletiu a preferência de algumas idosas, devido à satisfação de estar mais próxima dos seus filhos e netos, já em outros casos percebeu-se que a corresidência foi uma falta de opção, diante do sentimento de “obrigação materna” de acolher seu filho. Desse modo, os resultados evidenciam a necessidade de se cultivar laços de afetividade que deem suporte para a solução de conflitos nesse tipo de arranjo familiar, bem como fortaleçam as relações intergeracionais.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {#500}, note = {#500} }