@PHDTHESIS{ 2018:1961163383, title = {HIV/AIDS e conjugalidade: a experiência de pessoas em relacionamentos afetivo-sexuais sorodiscordantes.}, year = {2018}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1053", abstract = "Este trabalho objetivou compreender a experiência de conjugalidade de pessoas que vivem em situação de sorodiscordância para HIV/aids. Aprofundar o entendimento das possibilidades relacionais afetivas e sexuais atravessadas pelo acometimento do HIV/aids é de fundamental relevância para se pensar práticas de acolhimento que levem em consideração o contexto e as demandas das pessoas que (con)vivem com o vírus. Neste sentido, este estudo se caracteriza como uma pesquisa de natureza qualitativa em que foram entrevistadas, individualmente, dezesseis pessoas, sendo cinco participantes com sorologia negativa e outras onze pessoas soropositivas para HIV, todas em relacionamentos sorodiscordantes. Além da entrevista semidirigida, também fizemos uso de um Diário de Campo, em que foram registradas diversas vivências, observações e reflexões construídas ao longo do processo de produção dos dados. Como estratégia de análise, lançamos mão da analítica discursiva de inspiração foucaultiana. As narrativas dos sujeitos entrevistados apontam para uma experiência de conjugalidade marcada por estigmas, preconceito e conflitos sobre o entendimento da entrada do vírus na vida a dois e uma constante vigilância sobre o cotidiano. Nas díades sorodiscordantes, as práticas sexuais, atravessadas pelos discursos de risco e prevenção, são vivenciadas com medo, dúvida e insegurança. Além disso, percebemos que o acometimento pelo HIV compreende tensões e vivências na dinâmica do par, que não podem ser reduzidas aos aspectos da sexualidade, prevenção e risco. A vivência da conjugalidade sorodiscordante tem efeitos sobre o cotidiano do casal na sua mais diversa complexidade e comporta a organização de diferentes estratégias necessária à construção e/ou manutenção do relacionamento afetivo-sexual. Conclui-se que, o discurso da aids atua sobre os sujeitos, produzindo modos de se relacionar, de ser casal, de ser sorodiscordante, num processo de subjetivação agenciado por estratégias políticas, normativas e culturais. No entanto, a experiência de conjugalidade sorodiscordante se caracteriza como um fenômeno complexo e não passível de explicações causais e simplórias. O sujeito que aqui se apresenta é ativo no seu processo de subjetivação, produzindo modos de resistência e de subversão que tencionam o poder disciplinador do discurso da aids.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Psicologia Clínica}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }