@MASTERSTHESIS{ 2018:375326557,
 	title = {O discurso sobre o Nordeste no livro didático de língua portuguesa: nos fios da memória, a construção de uma identidade regional},
 	year = {2018},
 	url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1062",
 	abstract = "A noção de região não está veiculada apenas a um espaço territorial, nem somente a um recorte político e econômico. Ultrapassando os limites geográficos, uma região também se figura como uma construção imagético discursiva, fruto de vários dizeres. Nesse contexto, uma série de discursos positivos e negativos, legitimados socialmente, criaram o Nordeste e os nordestinos. Desse modo, tomando como aporte teórico as percepções de Albuquerque Júnior (2011) e a Análise do Discurso de linha francesa (AD), em especial as concepções de Michel Pêcheux (1997, 1999, 2008, 2009), bem como os estudos de pesquisadores contemporâneos como Eni Orlandi (1998, 2001, 2007, 2010, 2012) e Freda Indrusky (2005, 2008), objetiva-se nesta dissertação tecer reflexões acerca do discurso apresentado nos livros didáticos de língua portuguesa sobre a região Nordeste. Partindo-se da prerrogativa de que o livro didático é uma valiosa ferramenta da práxis pedagógica e um poderoso instrumento de reprodução ideológica, pleiteia-se identificar questões sobre o sujeito discursivo e as memórias suscitadas nas narrativas e nos textos literários presentes nos compêndios escolares de língua materna sobre esse território e seus habitantes. Nesta perspectiva, com a elaboração desta pesquisa, procura-se evidenciar que a memória faz parte das condições de produção do discurso, juntamente com o sujeito e a situação. Entretanto a memória de que se ocupa a AD não é a de natureza cognitiva; e sim, social, ou seja, são os discursos que se tramam pelo tecido sócio-histórico, os quais se mostram retomados, repetidos e regularizados. De natureza bibliográfica, a pesquisa tem como corpus as coleções de livros de língua materna Projeto Radix: Raiz do conhecimento, de Ernani Terra e Floriana Toscano Cavallete, e Para Viver juntos (9°ano), editora responsável Andressa Munique de Paiva. Os compêndios foram utilizados em instituições públicas e privadas de ensino de Recife e região metropolitana entre 2012 e 2016. Os resultados revelaram que, embora haja toda uma preocupação com a representação da diversidade cultural por parte dos documentos oficiais, no livro didático de língua portuguesa, ainda existem inúmeros discursos que estereotipam a região e seus habitantes. Assim sendo, determinados discursos que circulam na sociedade acabam produzindo uma rede simbólica que molda identidades. Isto é, pela repetitividade e regularização do que é dito são criados dispositivos identitários, trazidos à tona a partir das redes de memória. Fato que acontece com a identidade do território e do homem do Nordeste, notoriamente construções discursivas, como será verificado nas exposições contempladas nesta dissertação.",
 	publisher = {Universidade Católica de Pernambuco},
 	scholl = {Mestrado em Ciências da Linguagem},
 	note = {Departamento de Pós-Graduação}
}