@PHDTHESIS{ 2018:1659686945, title = {Minha identidade é meu costume: religião e pertencimento entre os indígenas Jiripankó - Alagoas.}, year = {2018}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1085", abstract = "Os indígenas da etnia Jiripankó, habitantes do alto sertão alagoano, no município de Pariconha, formam um grupo étnico que vive em profunda interação social com as populações no seu entorno, com as quais realizam trocas culturais. Seus membros, depois de longo período de anonimato e perseguições, se identificam e são identificados pelos seus semelhantes como culturalmente diferentes dos demais moradores daquela região geográfica. Enquanto grupo étnico vem se afirmando através das interações culturais dentro das quais compartilham conhecimentos, crenças, hábitos, valores, atitudes, códigos morais e éticos indispensáveis à criação de sua organização social. Esse grupo que se formou a partir de um processo de diáspora do povo Pankararu, do Sertão de Pernambuco, por volta do século XIX e, em Alagoas vem desenvolvendo uma religião herdada dos seus antepassados ressignificada conforme as condições impostas ao longo do tempo no território que habitam, o que lhes confere uma identidade singular. O objetivo da pesquisa é investigar as práticas religiosas como elementos que definem a sua identidade e criam o sentimento de pertença étnica. Teoricamente, amparamos a análise em três tipos de fontes bibliográficas, sendo a primeira referente aos estudos de Maurício Arruti (1996, 2004 e 2006), Rosymeri Ribeiro (1992), Maximiliano Cunha (1999), Priscila da Matta (2005), Andreia Gilberti (2013) e Cláudia Mura (2013), sobre o tronco Pankararu; a segunda análise se deu nos trabalhos de Fátima Brito (1992), Gilberto Ferreira (2009) Ivan Farias (2011), Ânderson Silva (2013 e 2014), Cicero Pereira dos Santos (2015) Ana Cláudia Silva (2015), Adelson Peixoto e Lucas Gueiros (2016) sobre a formação da aldeia, o reconhecimento o povo Jiripankó e o pagamento de promessas que norteia sua religião; a terceira análise, sobre as redes de relações e de trocas entre os grupos oriundos do mesmo tronco, se deu nas obras de Alexandre Herbetta (2006 e 2015), Juliana Barreto (2007, 2008 e 2010) e Siloé Amorim (2010. A pesquisa bibliográfica foi o passo inicial e necessário para historicizar sobre o processo de criação da aldeia e de reconhecimento étnico daquele povo. Paralelo a isso, desencadeou-se a pesquisa de campo, de caráter qualitativo, explicativo e etnográfico, com realização de trabalho de campo, a partir de entrevistas semiestruturadas com os principais líderes e personagens religiosos da aldeia, além de acompanhar alguns rituais de pagamento de promessas e festas religiosas na comunidade, onde além de entrevistas, foram produzidos filmes etnográficos e fotografias. As observações de campo aliadas à pesquisa bibliográfica e às análises das entrevistas revelam uma aldeia onde os seus componentes externam, na vivência cotidiana, as expressões ritualísticas (promessas, obrigações, penitências e interdições) que caracterizam seu universo religioso e o relaciona com o sentimento de pertencimento étnico Atualmente, esse grupo se afirma em torno de uma religião composta por elementos tradicionais em profunda harmonia com novas práticas e isso, ao passo que ela os aproxima, os separa de Pankararu. É esse sentimento que define o Jiripankó, pois continua rama daquele tronco, mas não é dependente dele para existir.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Ciências da Religião}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }