@PHDTHESIS{ 2019:1956159907, title = {Relacionamento intergeracional entre idosos e adultos jovens da mesma família: caracterização e repercussões.}, year = {2019}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1103", abstract = "A presente Tese tem como objetivo geral, ou seja, grande tema, compreender os modos como acontecem as relações entre idosos(as) e adultos jovens da mesma família, a partir de suas próprias perspectivas. E, como objetivos específicos, para facilitar o entendimento da complexidade: 1) Descrever as características da relação entre idosos(as) e adultos jovens; 2) Analisar como percebem a influência entre eles; 3) Descrever os fatores positivos e/ou negativos presentes na relação; 4) Indicar, a partir da percepção dos participantes, o que pode ser realizado para facilitar a relação. Esses objetivos perpassaram toda a tese como linha condutora para esclarecimento do problema. Desse modo, a Tese foi organizada em três artigos/estudos, que foram orientados com temas e instrumentos que intentaram possibilitar o entendimento mais profundo de como se dão as relações entre idosos e adultos jovens da mesma família, apresentados da seguinte forma: no primeiro artigo, através de uma Revisão Sistemática da literatura (2008-2018), objetivou-se compreender o estado da arte do tema, mais especificamente as interlocuções sobre o problema; no segundo, entender a partir do olhar de doze díades compostas por avós-netos(as), tios(as)-sobrinhos(as), mães-filhos(as), como eles percebem a relação entre essas duas gerações; e no terceiro, por meio do relato de um Grupo Focal, composto pelos mesmos participantes das díades em interação, buscou-se a compreensão da relação entre idosos e adultos jovens. O referencial teórico empregado para a compreensão do fenômeno foi o Pensamento Sistêmico. Utilizou-se para analisar os estudos, o método qualitativo, de coorte transversal e com uma amostra por conveniência. Os instrumentos para a coleta de dados constaram de um questionário sociodemográfico e um roteiro de entrevista semiestruturado, que foram respondidos individualmente em momentos e locais diferentes, pelas díades compostas por 12 idosos(as) e 12 adultos jovens; além do grupo focal, em que só participaram sete idosos(as) e cinco adultos jovens, que foi realizado em uma única sessão. Os resultados foram avaliados através da Técnica de Análise de Conteúdo Temática, composta pela pré-análise, exploração do material, tratamento dos resultados obtidos e interpretação. As principais conclusões foram: 1) houve a percepção de distanciamento entre as gerações, o que corrobora com a literatura, embora exista um membro de cada grupo, com o qual se tem mais proximidade; 2) entre os que vivenciam uma relação mais próxima, existe uma influência mútua; 3) bem como fatores positivos e negativos na relação, como exemplo de positivos: a atenção, cuidado, carinho, aprendizado, confiança, entre outros; e negativos: a falta de tempo do jovem, o uso da tecnologia, a distância geográfica, religião, questões familiares (tensões e conflitos), entre outros; 4) as estratégias citadas pelos participantes para facilitar a relação foram: conviver mais tempo, o jovem dedicar mais tempo à relação, procurar se compreender e respeitar as diferenças, dentre outros. Destacou-se ainda, que há uma carência de estudos sobre o relacionamento entre idosos e adultos jovens da mesma família, sobretudo, de tios(as)-sobrinhos(as); outro achado interessante foi a maior parte dos participantes terem preferido os parentes de vinculação paterna (avós, tios(as); a escolha por afinidade/afetiva, referida por duas díades, sobressaindo-se ao laço sanguíneo; e uma maior proximidade entre avós-netos(as), ao invés de mães-filhos(as) ou tios(as)-sobrinhos(as). Concluí-se, a partir dos resultados elencados, que para minimizar o distanciamento entre as gerações, ou seja, “aproximar os que estão mais distantes”, faz-se necessário, como medida mais imediata, a implantação de Programas e encontros intergeracionais, que contribuam para promover a aproximação entre as gerações. Por outro lado, é premente ensinar às pessoas, desde a infância, a respeitar, acolher, compreender, cuidar e amar a pessoa idosa, dada a vulnerabilidade na velhice. Sendo ideal esses ensinamentos transporem os muros domésticos e fazerem parte do currículo escolar, no afã de desconstruir o estigma social que coloca a pessoa idosa no lugar de descartavel e peso social em algumas sociedades. Por fim, espera-se dar visibilidade social e científica à importância do relacionamento entre essas gerações, fornecer subsídios teóricos e práticos aos profissionais que trabalham com esse público, incitando ao aprofundamento de pesquisas acerca das questões levantadas, no afã de contribuir para a solidariedade intergeracional.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Psicologia Clínica}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }