@PHDTHESIS{ 2019:1763359714, title = {Relações de cuidado entre avós, em paliação, e netos cuidadores.}, year = {2019}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1145", abstract = "Os largos avanços no campo das ciências, nas últimas décadas, têm provocado profundas mudanças no perfil da população mundial que vem, ano a ano, envelhecendo. Tal constatação demanda ações integradas que visem a melhor assistir aos idosos que, à medida que envelhecem, tornam-se mais vulneráveis ao acometimento de doenças crônico-degenerativas incapacitantes. Mais debilitados necessitam, cada vez mais, de assistência, ampliando as relações de dependência de recursos técnicos e humanos que tenham por objetivo oferecer qualidade de vida ainda que o processo deletério de envelhecimento funcional não possa ser revertido. Dessa forma, os cuidados paliativos em Geriatria buscam possibilitar que as doenças decorrentes dessa fase da vida sejam olhadas em sua integralidade, tendo o conforto e bem-estar como foco primordial de sua intervenção, integrando familiares desde a fase diagnóstica até após o óbito. Com famílias cada vez menores e idosos casa vez mais longevos, outros atores têm sido convidados a participar de forma mais ativa nesse cuidado, dentre eles, os netos. Objetivo: Esta tese teve como objetivo compreender as relações de cuidado estabelecidas entre avós, em paliação, e seus netos cuidadores. Método: Trata-se de pesquisa de caráter exploratório e abordagem qualitativa, realizada com sete pares de avós em paliação e seus netos cuidadores. Os instrumentos utilizados foram uma entrevista semiestruturada, o questionário dos dados sociodemográficos e o diário de campo. Os dados foram analisados pela técnica da Análise de Conteúdo Temática à luz da perspectiva sistêmica. Resultados: constatou-se que: 1) as relações entre as díades já eram satisfatórias desde a infância, mas puderam ser estreitadas após a assunção dos cuidados; 2) as tensões decorrentes da inversão hierárquica foram menores que a satisfação evidenciada na troca e solidariedade intergeracional do cuidado; 3) a espiritualidade e as redes de suporte social (amigos, namorados, parentes, profissionais) foram buscados por avós e netos para lidar com a situação estressora provocada pelo processo de envelhecimento, adoecimento e a paliação; 4) a geração dos pais, majoritariamente, ofereceu suporte e estimulou para que tais relações se dessem satisfatoriamente, exceto nas famílias em que havia triangulações e coalisões familiares; 5) houve reciprocidade no cuidado entre as duas gerações em análise, sendo fator importante para os netos a cuidarem dos avós. Considerações finais: percebemos que, seja por afinidade, proximidade, gratidão, solidariedade, reciprocidade ou conveniência, os netos demonstraram satisfação na tarefa de cuidar dos avós e também por eles, sentiram-se cuidados. Observamos que a geração intermediária favoreceu para que os netos se aproximassem ainda mais de seus avós diante da condição especial de cuidado. Ainda que a perda de autonomia tenha sido apontada como o principal fator estressor vivenciado pelos avós, a oportunidade de estar ao lado dos netos se mostrou como mais importante que a inversão hierárquica provocada pela mudança nos papéis de cuidado. Portanto, tanto para os avós quanto para os netos, os aspectos positivos foram destacados como mais proeminentes, ainda que a ambivalência também seja evidenciada em determinadas situações, ressaltando que sim, é o afeto que sustenta as relações intergeracionais.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Psicologia Clínica}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }