@PHDTHESIS{ 2019:309247961, title = {A construção da argumentação em textos escritos de alunos surdos e ouvintes de um curso de letras/libras presencial.}, year = {2019}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1196", abstract = "Pensar na língua de um ponto de vista dinâmico, multifacetado e em constante transformação implica respeito às diferenças existentes entre os seus falantes. O respeito e o aproveitamento de produções individuais de alunos, como material de trabalho, e do grupo social são fundamentais para uma visão sociointeracionista da linguagem. Quando se trata de incluir surdos no processo de socialização por meio da linguagem, observa-se que ainda há grande lacuna teórica a ser preenchida nos centros de formação. Por isso, é tamanha a necessidade de repensar as estratégias usadas nas aulas de português, para que não se recaia no mero ensino da gramática normativa como via de regra. Nesse contexto, emerge a argumentação, pois as divergências surgem como resultado do confronto entre pontos de vista, ou seja, das diferentes vozes do discurso no contexto das interações sociais. Por tal razão, o objetivo desta pesquisa foi analisar as contribuições das aulas de língua portuguesa na construção da argumentação em textos escritos de alunos surdos e ouvintes, na qual foi pensada a introdução da linguagem não verbal, em um curso de extensão ministrado pela pesquisadora no curso de Letras/Libras presencial da Universidade Federal de Pernambuco. No tocante à noção de linguagem, texto e textualidade, valemo-nos das perspectivas de Vygotsky, Batktin, Marcuschi, Antunes, Bardin, Bentes,Koch, Krashen, entre outros. Para construir a noção da argumentação, baseamo-nos em Ducrot, Liberali, Toulmin, Perelman, Olbrechts-tyeca, Leitão, Van Eemeren, Henkemanss entre outros. Objetivando destacar as teorias sobre a questão do indivíduo surdo e suas linguagens, visitamos as obras de Quadros, Fernandes, Karnopp, Lacerda, Santos, Caetano, Pereira, Perlin, SkIiar, Souza e Campelo. Finalmente, longe de esgotar as possibilidades de análise das pesquisas sobre as linguagens não verbais, revisamos uma seleção de teorias sobre imagens, textos imagéticos e multimodalidade, dentre as quais destacamos as de Barthes, Berger, Caramella, Santaella, Dionísio e Burk. Quanto à metodologia da pesquisa, adotamos a investigação qualitativa. O corpus foi constituído de textos escritos pelos alunos, de observações, de entrevistas bem como de alguns recortes de filmagens em vídeos. Para análise do objeto de estudo, inspiramo-nos na análise de conteúdo de Bardin. Os resultados da intervenção realizada mostraram que os alunos surdos apresentaram nas suas produções textuais boa desenvoltura no que tange ao processo argumentativo dos gêneros escritos. No entanto, não pudemos observar nesse grupo que a visualidade determina a potencialidade na argumentação, o mesmo ocorrendo com os alunos ouvintes, participantes da pesquisa. Os alunos ouvintes, também se mostraram com boa capacidade argumentativa, atendendo bem às especificidades do gênero textual trabalhado no curso oferecido pela pesquisadora. Foi possível ainda mostrar que os surdos podem escrever textos argumentativos, desmistificando, assim, a ideia de que por causa das dificuldades atribuídas a eles, por serem usuários de Libras, não o fariam.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Ciências da Linguagem}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }