@PHDTHESIS{ 2019:787071002, title = {"Eu sou índia evangélica".: Um estudo sobre a adesão de mulheres pankaiwka ao pentecostalismo (Jatobá/PE)}, year = {2019}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1214", abstract = "Os indígenas Pankaiwka, habitantes no Distrito da Volta do Moxotó, no Município de Jatobá, no Semiárido de Pernambuco, região denominada Submédio do Sertão do São Francisco estão inseridos no cenário político e étnico, desde 1999 com o reconhecimento da Fundação Nacional do Índio. O povo foi constituído através das migrações das famílias de Pankararu, Jiripankó e Karuazu em razão das estiagens prolongadas e da escassez de terras para o trabalho. O povo Pankaiwka recebeu dos Pankararu o legado cultural e religioso para sua organização social. Esse povo realiza com frequência o contato interétnico com os demais povos indígenas e não índígenas, além da aproximação dos núcleos urbanos e o acesso aos meios de comunicação que tem provocado mudanças no aspecto religioso no território. As mudanças têm ocorrido à medida que existe uma grande oferta de sentidos para sujeitos, novas experiências religiosas que repercutem nos modos de interagir no âmbito social. Isso gerou o surgimento de novos sentidos para algumas mulheres indígenas Pankaiwka, essas se autoafirmam como “índia evangélica”, tendo aderido ao Pentecostalismo. Essa nova experiência religiosa possui uma estrutura diferente da religião tradicional do seu povo. Ao mesmo tempo que as índias ressignificaram suas crenças, a religião da tradição, e a religião aderida senda a pentecostal, promovem a reformulação da fronteira étnica. O fato repercute numa ativa e complexa mobilização religiosa que faz parte do campo religioso brasileiro. A pesquisa teve o objetivo de analisar a adesão das mulheres indígenas Pankaiwka ao Pentecostalismo a partir das narrativas que expressam as experiências religiosas dos sujeitos no campo da pesquisa. O referencial teórico contou com o aporte referentes aos povos indígenas no Nordeste, o povo Pankararu, que são ancestrais dos Pankaiwka, o povo Pankaiwka, a mulher indígena e o Pentecostalismo. O aporte conceitual foi a partir das discussões sobre identidade, cultura, religião e fronteira étnica. O percurso metodológico de caráter qualitativo iniciou com o levantamento bibliográfico para estudo e sistematização dos temas e conceitos; e paralelamente à pesquisa de campo com as entrevistas semiestruturadas com os Caciques, Pajé, Zelador da tradição, rezadeiras, Mãe de Folguedo, agricultores para compreendermos a história, a cultura, o calendário socioambiental e a Tradição indígena em Pankaiwka. E, na segunda parte da entrevista, com as mulheres que aderiram ao Pentecostalismo. O método de estudo dos dados coletados foi análise das entrevistas. Após o estudo dos materiais bibliográficos e dos dados do campo de pesquisa, foi evidenciado que as mulheres Pankaiwka, que aderiram ao Pentecostalismo, promovem uma ressignificação religiosa, autoidentificando-se como “índia evangélica”, com o reconhecimento da liderança do seu povo para continuar essa sua experiência religiosa pentecostal, promovendo a reformulação da fronteira étnica.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Ciências da Religião}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }