@MASTERSTHESIS{ 2016:994056236, title = {O velar como des-vela-dor da vida: a possibilidade da natalidade (re)velada no plantão psicológico.}, year = {2016}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1220", abstract = "Estar lançados em um mundo em que o cotidiano é acelerado e a vida é apressada faz-nos, por vezes, perder a sensibilidade para com a vida. Algumas dimensões de nossa existência passam a não ser tematizadas, sendo quase que silenciadas no nosso dia-a-dia. Por entre as questões que não vivemos tematizando, encontra-se a morte. Todavia, em algum momento de nossa vida ela se escancara e nos faz parar. Destarte, a presente pesquisa nasce do espanto/parada da pesquisadora frente a vida e à morte que, ao olhar para essa dimensão do existir, questiona se velar alguém pode nos convocar para a vida. Assim, a presente pesquisa, que aqui é apresentada de forma narrativa, direcionou o olhar para o ato do velar na tentativa de compreender as consonâncias que o morrer do outro pode causar na vida dos que ficam. O questionamento presente foi: O ato de velar pode convocar para a vida? O método utilizado foi o cartográfico, inspirado na reversão metodológica, onde não são as metas que apontam o caminho, mas o caminho que apontam para as possiveis metas. Além disso, a pesquisa foi de cunho interventivo, que é feita a partir de um oferecimento de serviços e utilizou-se do Plantão Psicológico e do Diário de Bordo como instrumentos que possibilitaram a colheita das narrativas. As análises dessas narrativas foram realizadas e inspiradas nos apontamentos de Walter Benjamin sobre Narrativas e de Hannah Arendt sobre Compreensão. O serviço de atenção psicológica foi oferecido em um Cemitério no Estado de Pernambuco. Nas análises, foi possível perceber que, nos contextos de velórios, três possíveis públicos se apresentam: O primeiro diz respeito àqueles que, por estarem mergulhados na dor e no sofrimento, não conseguem falar sobre o que estão vivendo; o segundo são os expectadores que não estão tão atentos aos sepultamentos; o terceiro diz respeito àqueles que velam testemunhame conseguem narrar sobre o que acontece nesse contexto de velórios. Por fim, foi possivel perceber que, diante da morte, os públicos, de modos diferentes são chamados a pensar sobre os encaminhamentos que precisarão realizar na vida. Então, partindo dessas compreensões, finalizamos o presente trabalho apresentando uma tessitura reflexiva com os apontamentos de Hannah Arendt acerca da natalidade, já que, de modos diferentes, ela se apresenta como uma possibilidade eminente na vida dos que ficam e velam.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Psicologia Clínica}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }