@PHDTHESIS{ 2020:1078407374, title = {O lugar do léxico no ensino de língua portuguesa: análise da abordagem lexical em um livro didático do ensino médio.}, year = {2020}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1307", abstract = "Acredita-se que um conhecimento mais amplo do léxico é preponderante para o indivíduo avançar além do repertório comum, construindo ambientes favoráveis para uma comunicação adequada em contextos sociais diversos. (LEWIS, 1993, 1997, 2000; LEFFA, 2000). Nessa perspectiva, conhecer o léxico é condição indispensável para uma competência comunicativa mais rica no PB (ANTUNES, 2012, TEODORO, 2018). Porém, apesar da relevância desse conhecimento ser consenso entre a maioria dos profissionais que atuam na área, existe a sensação de que o mesmo venha sendo minimizado, haja vista, aparentemente, figurar apenas na retórica da maior parte dos professores, bem como por tratar-se de um tema ausente, inclusive, tanto da formação inicial e continuada dos professores, quanto dos componentes curriculares integrantes dos livros didáticos do Português do Brasil (LDP). Caracteriza-se este trabalho por uma pesquisa documental qualitativa, visando investigar o lugar ocupado pelo léxico no LDP, através da análise de exercícios desse conhecimento linguístico. Para essa finalidade, foi selecionada (dentre as dez coleções recomendadas pelo PNLD 2015) a coleção “Português: Linguagens” (EM), de autoria de William Roberto Cereja e Thereza Anália Cochar Magalhães, publicada pela Editora Saraiva, em sua 9ª edição, coleção esta utilizada no triênio 2015-2017. Após a escolha, foram identificados os exercícios de léxico na coleção e procedida a análise do corpus, realizando-se também um cotejamento entre o espaço ocupado pelo léxico e pela gramática na coleção. Baseada nas orientações da Lexicologia (ANTUNES, 2012; CARVALHO, 2009, 2011; BIDERMAN, 2001; TEODORO, 2018) e da Abordagem Lexical (LEWIS, 1993, 1997, 2000; LEFFA, 2000; ZIMMERMAN, 1997, MELKA, 1997; BINON; VERLINDE, 2000; ELLIS, 1997 e outros), esta pesquisa faz também alusão ao Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR) e ao Quadro de Referência para o Ensino de Português no Estrangeiro (QuaREPE). Observa-se que a Abordagem Lexical (AL), bem como os QECR e QuaREPE, coloca a competência lexical no topo da preferência entre aquelas eleitas como as mais relevantes para o conhecimento de uma língua e defende uma concepção de língua baseada em “chunks” (porções lexicais), enxergando-a enquanto um fenômeno lexicalizado e não gramaticalizado como ocorre no ensino tradicional, quando conhecimento de língua e de gramática se confundem. Defende-se o ensino integrado de padrões léxico-gramaticais (léxico + gramática) em detrimento do ensino dicotômico (léxico x gramática). A opção de adotar a AL (que coloca o léxico no centro do processo de ensinoaprendizagem), mesmo que concebida para o ensino de língua inglesa, justifica-se pela inexistência de uma abordagem nacional para trabalhar o léxico de LP (BORTONIRICARDO, 2005; SEIDE; DURÃO, 2015). Conclui-se que o LD continua dando mais espaço para o estudo da gramática (língua enquanto código), negligenciando o estudo do léxico e, quando este estudo ocorre, as palavras continuam sendo vistas de forma isolada, descoladas do contexto, raras sendo as exceções. No final, espera-se que esta pesquisa venha a suprir algumas lacunas nas investigações existentes acerca do tema, deixando contribuição que instigue a curiosidade de outros pesquisadores que se debruçam sobre as questões que envolvem o ensino do léxico no LDP. Espera-se, também, estimular a curiosidade de investigação dos professores que estão em sala de aula do EM, indicando-lhes, principalmente, caminhos que possam ser seguidos, a fim de obterem melhores resultados na sua prática de ensino, mais especificamente, no que concerne ao ensino do léxico da LP.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Ciências da Linguagem}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }