@MASTERSTHESIS{ 2021:569581381, title = {A mulher idosa e a criminalidade: uma compreensão na perspectiva bioecológica do desenvolvimento humano.}, year = {2021}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1345", abstract = "Esta dissertação teve como objetivo geral compreender o que leva algumas mulheres idosas, após toda uma vida sem envolvimento com a Justiça, a cometerem um crime. Pretendeu-se, especificamente: 1) apresentar e contextualizar a Teoria do Desenvolvimento Humano a partir da perspectiva Bioecológica; 2) conhecer o contexto que contribuiu para que mulheres idosas incorrerem no delito; 3) analisar os fatores que influenciam algumas pessoas no processo de envelhecimento e velhice a praticarem crimes. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, transversal, exploratória e descritiva. A amostra foi constituída com a participação de cinco mulheres idosas que estão em cumprimento de pena em instituições prisionais do Estado de Pernambuco. Os instrumentos para a coleta de dados constaram de um questionário biosociodemográfico e um roteiro de entrevista semiestruturado. A análise dos dados foi realizada por meio da metodologia do Desenvolvimento Humano na perspectiva Bioecológica, que propõe a análise da relação entre os quatro elementos do modelo PPCT (pessoa, processo, contexto e tempo) para compreensão dos fenômenos humanos. Os resultados apontam que as participantes têm idades entre 60 e 71 anos, nível de escolaridade (fundamental incompleto), são divorciadas ou solteiras, aposentadas ou pensionistas, com renda de um salário-mínimo, têm entre cinco e três filhos, seis e quatro netos, um a três bisnetos e são visitadas pelas filhas. As doenças mais prevalentes são: hipertensão, problemas de memória, diabetes, problemas na coluna e labirintite. Foram condenadas predominantemente pelo tráfico de entorpecentes, seguidos de homicídio simples tentado e estelionato. As penalidades variaram de oito a 14 anos de detenção. No que refere às motivações para o crime, depreende-se que os contextos bioecológicos que envolvem a vida dessas pessoas operam como facilitadores da entrada na vida de crimes. Em suma, as prisões para as idosas encarceradas podem ser compreendidas como uma experiência em família. Via de regra, elas são atingidas pelas privações próprias de quem vive nas periferias e, muitas delas, veem no tráfico de drogas uma possibilidade de uma vida melhor, tanto para elas quanto para a família. Logo, características de personalidade; história de vida; baixos salários de aposentadoria e, em consequência, a falta de garantia de meios para sobrevivência; vínculos familiares, mais precisamente a influência dos filhos e dos netos contribuíram decisivamente para sua entrada na criminalidade. Portanto, almeja-se que os resultados obtidos possam subsidiar o trabalho de profissionais interessados em organizar projetos de promoção à qualidade de vida das pessoas idosas sob riscos de envolvimento com o crime ou já envolvidas, como os que se encontram encarcerados. Ademais, espera-se colaborar para minimizar os impactos do aumento no número de idosos dentro das penitenciárias por meio do incentivo a políticas e ações de prevenção ao envolvimento com o crime, na região nordestina do Brasil, em especial no Estado de Pernambuco.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Psicologia Clínica}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }