@PHDTHESIS{ 2020:1900764640, title = {Desvendando tramas e entrelaces do emergir da comunicação de crianças com a Síndrome Congênita do Zica vírus.}, year = {2020}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1367", abstract = "No final do ano de 2015, surgem os primeiros casos de recém-nascidos com microcefalia relacionada ao vírus da Zika, em Pernambuco. Diante da forma severa, do baixo volume encefálico e do potencial destrutivo do vírus, especialistas sugerem o termo Síndrome Congênita do Zika vírus. Nesse cenário, desenvolvemos o presente estudo com o objetivo de analisar formas de comunicação de crianças com a Síndrome Congênita do Zika vírus, que apresentem precocemente microcefalia e déficit motor, como também aquelas que além desses comprometimentos, apresentem perdas visuais e auditivas, concomitantemente. Nesse caso, os participantes trouxeram demandas de diversas ordens devido às intercorrências que aconteceram na aquisição da linguagem e, para tal não temos um teórico que as explique, integralmente. Desse modo, apoiamo-nos nos estudos de Vygotsky e Wallon, cada um oferecendo algum esclarecimento que nos ajudaram a entender melhor o processo de comunicação dessas crianças. Trouxemos a abordagem de Jan Van Dijk através do movimento coativo destacando que as experiências motoras podem beneficiar o desenvolvimento, a comunicação e a aprendizagem de crianças como as que estudamos. A pesquisa adotou a abordagem qualitativa/quantitativa, longitudinal, sendo que do ponto de vista dos objetivos se apresenta como descritiva, explicativa e analítica, com procedimentos técnicos de estudo de caso coletivo, no qual empregamos a análise de conteúdo de Bardin, para tratamento dos dados. Utilizamos como instrumentos: entrevista semiestruturada, mapa de comunicação, protocolo de observação comportamental e observação direta com filmagem na instituição e no domicílio, sendo estas últimas analisadas com o auxílio do Programa ELAN. A investigação teve duração de oito meses, em três fases, com 16 crianças atendidas no Centro de Reabilitação Menina dos Olhos - CER-IV da Fundação Altino Ventura; diagnosticadas e confirmadas pela infecção do Zika, e divididas em dois grupos: grupo A, constituído de crianças que apresentavam microcefalia e déficit motor; e grupo B, aquelas que além destes comprometimentos, também apresentavam perdas visuais e auditivas, concomitantemente. O trabalho pode contribuir cientificamente para esta temática que se encontra na fase inicial de estudos. Através das análises pudemos afirmar que os dois grupos de crianças com Síndrome Congênita do Zika vírus, apresentaram um desenvolvimento atípico para a idade, mas que a partir das interações com as mães, familiares e terapeutas passaram a demonstrar suas potencialidades em várias áreas do desenvolvimento. Os achados mostraram evolução quantitativa e qualitativa em todas as crianças, no conjunto das avaliações. A maioria das crianças do grupo A apresentou comunicação não verbal, embora um número menor mostrou-se capaz de comunicar-se verbalmente. No Grupo B, identificamos as maiores evoluções na comunicação não verbal, embora sendo as mais comprometidas física e sensorialmente. Pudemos constatar que mesmo diante de grupos com comprometimentos distintos, as formas de comunicação chegam a se assemelhar entre algumas delas. A caracterização desses achados poderá orientar o planejamento e as condutas terapêuticas multidisciplinares adotadas pelos profissionais envolvidos, possibilitando sugerir algumas orientações para pais e cuidadores.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Ciências da Linguagem}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }