@PHDTHESIS{ 2021:2092919229, title = {Poder e desigualdade: a representação dos pescadores e pescadoras artesanais nas notícias do Jornal do Commercio.}, year = {2021}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1423", abstract = "Neste Estudo Crítico do Discurso (ECD), analisamos a representação dos(as) pescadores(as) artesanais, nas notícias do Jornal do Commercio, entre 2011 e 2018. Especificamente, investigamos estruturas e estratégias discursivas que envolvem a cognição pessoal e social, priorizando as que podem (re)produzir uma imagem negativa, estereotipada ou tendenciosa dessa cultura tradicional, na imprensa, e assim legitimar sua desigualdade e exclusão social. A multidisciplinaridade e o posicionamento político dos ECD nos permitem evidenciar aspectos do grupo social, nas dimensões histórica, sociopolítica, cultural e econômica. Para compreender o contexto sociocomunicativo e o impacto do discurso do JC, na construção da representação dos(as) pescadores(as), usamos aportes da Sociologia da Comunicação (CANCLINI, 2002; CASTELLS, 1998, 1999; HALL et al., 1999; HALL, 2005; MARTIN-BARBERO, 2008; MORAES, 2013; RUIZ, 1994), do Jornalismo (CORREIA, 2007, 2009; RICHARDSON, 2007; TUCHMANN, 1983; VAN DIJK, 1990, 1996, 1998, 2015a; ZAMORA, 2016), dentre outros. Subsídios teóricos da ACD (FAIRCLOUGH, 2001; CHOULIARAKI; FAIRCLOUGH, 1999; MAGALHÃES et al., 2017; PEDRO, 1998; RESENDE, 2015, 2017), bem como ferramentas teórico-metodológicas da linha sociocognitiva dos ECD (VAN DIJK, 1990, 1996, 1998, 2007, 2012, 2015a, 2016a; COLORADO, 2014; FALCONE, 2008; VIZCARRONDO, 2006a, 2006b), da Linguística Textual (KOCH; ELIAS, 2006, 2009; MARCUSCHI, 1991, 2008, 2009) e da Linguística Cognitiva (MARCUSCHI, 2007a, 2007b, 2007c; VEREZA, 2016) também contribuem na nossa análise. Os resultados mostram que a imprensa representa os(as) pescadores(as) em temas e papéis semânticos que os inferiorizam e invisibilizam, além de enquadrá-los em marcos temáticos/frames que os estigmatizam como um “problema social”. Tanto por estereotipá-los como culpados, coadjuvantes ou vítimas de tragédias e violência, quanto como um grupo vulnerável que precisa da nossa assistência social. Mesmo quando sua imagem é de agente ambiental e sociocultural, a imprensa mitiga sua agentividade positiva ao representá-lo simultaneamente como um agente transgressor. O discurso jornalístico o categoriza em conceitos associados a diferença, desvio e mesmo ameaça - um obstáculo para o progresso capitalista, fomentado pelo Estado e outras elites de poder. Tais representações legitimam velhos preconceitos coloniais, desigualdade social e outras práticas abusivas contra os pescadores.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Ciências da Linguagem}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }