@MASTERSTHESIS{ 2020:1120696221, title = {Fibromialgia: o diagnóstico como reconhecimento da dor.}, year = {2020}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1433", abstract = "A fibromialgia é uma das doenças reumatológicas mais frequentes, cuja característica principal é a dor musculoesquelética difusa e crônica. Além da dor, os pacientes queixam-se de fadiga, rigidez matinal, parestesias de extremidades, sensação subjetiva de edema e distúrbios cognitivos. Devido à falta de um substrato orgânico, a fibromialgia não pode ser escaneada, medida ou verificada, sendo, então, identificada apenas através de um exame clínico, baseado exclusivamente no discurso do paciente. A questão diagnóstica levanta um impasse para o saber médico, visto que a enfermidade está sempre articulada a aspectos subjetivos. Além de se queixarem a respeito de suas intensas dores físicas, os pacientes relatam dificuldades em serem reconhecidos em seu sofrimento devido à impossibilidade de comprovação da doença. Nesse sentido, os sujeitos demonstram um forte apelo ao diagnóstico como via para uma legitimação de seus sintomas corporais. Foi nessa direção que esta dissertação teve como objetivo discutir a demanda de reconhecimento da dor em sujeitos diagnosticados com fibromialgia. A teoria psicanalítica, especificamente as formulações de Freud e Lacan, foi o referencial teórico-clínico utilizado nessa construção, trazendo contribuições importantes no que concerne aos estudos sobre a dor, sobre a sua relação com o saber médico, à noção de corpo pulsional e ao conceito de demanda, sistematizado na teoria lacaniana. Para a realização da pesquisa, valemo-nos da meta-análise, método que nos permitiu uma reconstrução e uma nova análise dos casos clínicos trazidos no trabalho de dissertação intitulado “Como escutar o corpo que dói? Reflexões sobre acontecimento de corpo e transferência”, de autoria de Pauleska Asevedo Nobrega, apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica da Universidade Católica de Pernambuco, em 2014. Na análise dos casos, foi possível identificar ao menos três formas de expressão da demanda de reconhecimento: como uma demanda de que o outro/Outro reconheça a sua dor como legítima; uma demanda de que a dor seja reconhecida pelo Outro da ciência; por fim, como uma demanda de reconhecimento do próprio sujeito em relação àquilo que ele mesmo sente. Foi possível concluir que a dor pode ter diferentes funções psíquicas para o sujeito e, para que estas distinções sejam validadas, bem como para que estas demandas possam ter um lugar no tratamento do sujeito, é necessário reconhecer a dor do paciente, escutando a enunciação nas entrelinhas de seu discurso, no que diz respeito à singularidade do seu sofrimento e de sua própria teoria a respeito dos seus sintomas. Identificamos também, a necessidade de uma interlocução entre o campo médico e a clínica psicanalítica, como recurso essencial para o tratamento e estudo das manifestações corp", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Psicologia Clínica}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }