@MASTERSTHESIS{ 2021:85829395, title = {“Verdadeiramente este homem era justo” (Lc 23,47): a releitura lucana da imagem do justo presente no Livro da Sabedoria.}, year = {2021}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1485", abstract = "“Verdadeiramente este homem era justo” foram as palavras usadas pelo centurião ao testemunhar a morte de Jesus (Lc 23,47). Tal declaração está muito próxima daquelas presentes nos relatos paralelos dos evangelhos segundo Marcos e Mateus, com a diferença de que, na obra lucana, é empregado o termo “justo” (díkaios) em vez de “filho de Deus” (huiós theoû). A justiça de Jesus, reconhecida pelo centurião, passou a ser parte fundamental da pregação cristã. O termo justo aplicado a Jesus aparece ainda três vezes na obra lucana: em At 3,14; 7,52 e 22,14. Em face disso, vale perguntar: que significa ser justo? A noção de justiça e a compreensão acerca de quem é o justo na Bíblia foram ganhando, com a mudança do ambiente onde surge cada texto e, consequentemente, a partir da perspectiva de cada autor, novas acepções e nuances. Com esta pesquisa, pretende-se demonstrar que a imagem do justo presente no Livro da Sabedoria subjaz à compreensão de justo presente em Lucas-Atos, em especial na designação de Jesus como justo em Lc 23,47. A metodologia utilizada neste trabalho consistiu na análise de textos bíblicos e em pesquisa bibliográfica, e sua apresentação se dá em quatro etapas: inicialmente, discorreu-se sobre a noção de justiça e de justo na literatura veterotestamentária; em seguida, lançou-se um olhar mais acurado ao Livro da Sabedoria, a fim de identificar a imagem de justo presente ali; em um terceiro momento, voltou-se para a representação do justo na obra lucana; e, por fim, Sabedoria e Lucas-Atos foram postos lado a lado. Comparando as duas obras, e especificamente a imagem de justo que emerge em Sabedoria e em Lucas-Atos, pode-se entrever muitos aspectos de continuidade, como, por exemplo, o fato de que, nos dois casos, o justo inscreve-se na tradição do justo sofredor e se sabe filho de Deus. Pode-se, contudo, destacar um aspecto de descontinuidade: Jesus, na obra lucana, não cessa seu ministério durante sua paixão. Diferentemente do justo presente em Sabedoria, Jesus cura e perdoa enquanto sofre e morre. Ele não é vítima, mas mártir, filho de Deus, cuja comunhão com o Pai permanece inabalável mesmo diante da morte.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Teologia}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }