@PHDTHESIS{ 2022:1200084398, title = {A experiência do envelhecimento de mulheres em tratamento antirretroviral para HIV-AIDS.}, year = {2022}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1617", abstract = "Esta tese teve o objetivo geral de compreender sistemicamente, a partir da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, a experiência de mulheres idosas em terapia antirretroviral (TARV) para HIV/aids. E como objetivos específicos, propôs a: descrever os dados biosociodemográficos das participantes idosas; identificar as reações diante do diagnóstico de HIV/aids por parte da mulher idosa soropositiva e de seus familiares sob a ótica dessa paciente; investigar as formas de apoio recebido nesse momento; analisar as consequências do diagnóstico de HIV/aids para a mulher idosa e para sua família; descrever a importância da adesão ao tratamento; e, avaliar a relação existente entre o envelhecimento e o tratamento indicado ao HIV/aids. Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo e de natureza qualitativa. Participaram dez mulheres idosas, na faixa etária entre 60 e 69 anos, soropositivas e em tratamento antirretroviral para HIV/aids. Para a coleta de dados utilizaram-se dois instrumentos sendo um questionário biossociodemográfico, e um roteiro de entrevista, conduzida de forma semidirigida, contendo questões relacionadas aos objetivos do estudo. Para a análise dos resultados utilizou-se a análise de conteúdo temática a partir de três etapas, 1) pré- análise; 2) escolha dos documentos; 3) tratamento dos resultados. Os resultados apontaram o medo da morte como principal reação frente ao diagnóstico para o HIV/aids, seguido maciçamente do mecanismo de negação à enfermidade. No que se refere à reação dos familiares, especialmente dos filhos, a tristeza, a surpresa e o ódio ao pai foram os sentimentos mais evidenciados na pesquisa em decorrência da transmissão do vírus para a mãe. Quanto ao apoio recebido, além da família, partiu dos médicos e técnicos do posto de atendimento que frequentam, bem como da fé que professam. As consequências de viver com o vírus se fizeram sentir no seu estado físico ao incorporarem o pânico pelo medo do aparecimento das infecções oportunistas ligadas à aids, na vigilância constante para não adoecerem, nas restrições à vida social, no confinamento em face do isolamento imposto pelas vulnerabilidades trazidas pelo próprio estado sorológico, na perda do trabalho e da independência, bem como na baixa qualidade de vida em geral. Todas aderiram ao tratamento e fazem acompanhamento constante. Em conclusão, esta pesquisa proporcionou conhecer a verdadeira realidade do envelhecer de mulheres com HIV/aids em TARV, muitas delas, pobres na forma da lei, invisíveis aos olhos do poder público, vivendo à margem da sociedade, com pouca informação sobre sua sexualidade e total desconhecimento sobre as formas de contágio das infecções sexualmente transmissíveis, tornando-se vulneráveis a elas. Diante de tudo isso, espera-se dar maior visibilidade social à questão do envelhecimento de mulheres com HIV e em TARV, bem como estimular a criação de políticas públicas de saúde, de prevenção e tratamento voltadas a esse grupo de pessoas vulneráveis e invisíveis aos olhos do Estado e, ainda, fornecer subsídios teóricos e práticos aos profissionais que trabalham com essa população.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Psicologia Clínica}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }