@PHDTHESIS{ 2023:777828837, title = {O sujeito enunciativo na dimensão identitária e cultural do ser imigrante que vive o fenômeno entre - línguas.}, year = {2023}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1803", abstract = "O objetivo deste estudo foi investigar o sujeito enunciativo, na dimensão identitária e cultural do ser imigrante que vive o fenômeno entre-línguas, no início do século XXI, a partir de dois pontos de vista: da teoria do bilinguismo desenvolvida por Grosjean (1996, 2013), que estabelece os modos de linguagem monolíngue e bilíngue para explicar as ocorrências dos demais fenômenos linguísticos na enunciação do falante bilíngue; e da visão enunciativa antropológica, cunhada por Flores (2019), fundamentada na teoria da Enunciação de Émile Benveniste (2005, 2006), que busca refletir em uma linguística que pensa na experiência do homem em sua condição de falante. Trata-se de um estudo qualitativo, que apresenta como corpus de análise o testemunho linguístico do imigrante brasileiro, bilíngue e bicultural, residente nos EUA, através de dados coletados, em entrevistas realizadas na Flórida, com questões semiestruturadas, e semiabertas, com atribuições que buscaram compreender como ele se percebe como falante, na sua posição de entremeio. Dessa forma, ao apresentar o imigrante, com o foco em uma discussão voltada ao território linguístico, evidenciamos, na imbricação: língua/homem/cultura/sociedade, os conflitos vividos por ele ao conviver em uma relação com duas línguas (inglesa / portuguesa), e com duas culturas (estadunidense / brasileira), para encontrar-se enquanto sujeito na nova sociedade em que habita, composta por uma realidade linguística e sociocultural diferente de seu lugar de origem. A análise foi direcionada aos sujeitos de estudo, sendo 3 brasileiros imigrantes, de faixas-etárias distintas, independente de gênero e ocupação, e que utilizavam ambas as línguas em seu cotidiano, no território estadunidense. Diante disso, buscamos analisar o imigrante brasileiro como etnógrafo de si mesmo, por uma ótica enunciativa-antropológica; identificar os fenômenos linguísticos, e modos de linguagem no enunciado do imigrante; e visualizar em que constitui viver entre-línguas, na percepção pessoal dos sujeitos brasileiros enquanto falantes. Em relação a metodologia utilizada, trata-se de uma pesquisa do tipo qualitativa, de natureza aplicada com procedimentos de campo, no qual foram transcritos os testemunhos dos sujeitos enunciativos contidos na entrevista, na versão original, que apontavam para evidências de alterações linguísticas, ou movências entre um sistema e outro, em que o imigrante, uma vez submetido a dois sistemas linguísticos, ao fazer uso das duas línguas para expressar a sua experiência de falante, revela a forma como se organiza, se percebe, se enuncia, assim como se diz sujeito e se faz efeito na linguagem. Por tratar-se de um estudo no campo das Ciências Humanas, na área da Linguística, entendemos que esta é uma pesquisa que traz uma visão particular de pesquisadora, embora tenha sido mantido um afastamento do objeto. Dessa forma, não apresentará uma verdade absoluta, porém poderá contribuir para que a teoria da enunciação benvenistiana, em âmbito intersubjetivo e intersocial da linguagem, assim como a perspectiva traçada por Flores (2019) de que a língua está no homem e diz de quem fala; e a teoria do bilinguismo desenvolvida por Grosjean (1996, 2013) possam ser conduzidas para estabelecerem diálogos, dentro dessas mesmas abordagens, com outras áreas do universo científico.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Doutorado em Ciências da Linguagem}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }