@MASTERSTHESIS{ 2023:1467610936, title = {O Eu Sou (Egõ Eimí) do IV evangelho e seu enraizamento na tradição bíblica da autarrevelação do Nome Divino.}, year = {2023}, url = "http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1814", abstract = "A presente pesquisa tem como objeto de estudo o Eu Sou (Egō eimí) do IV Evangelho, pronunciado diversas vezes por Jesus na obra joanina, e seu enraizamento na tradição bíblica da autorrevelação do nome divino. O objetivo é refletir sobre o sentido desse Eu Sou para o IV Evangelho em suas três formas de ocorrência: a simples, a absoluta e a acompanhada de predicativos; além de aprofundar quais os antecedentes veterotestamentários que inspiraram o autor do Evangelho nas autodeclarações Eu Sou de Jesus e seu paralelo com as autoproclamações de YHWH, quando também pronuncia o Eu Sou. A metodologia usada foi essencialmente a da pesquisa bibliográfica. Quanto aos resultados alcançados, aparece primeiramente que o Eu Sou de Jesus é uma fórmula de revelação como o Eu Sou do Antigo Testamento e faz parte da tradição da autorrevelação divina que perpassa toda a Escritura. Em segundo lugar, esse Eu Sou de Jesus encontra suas raízes na auto-apresentação de YHWH em Ex 3,14b, como ’ĕhǝyeh, mas principalmente nas autoproclamações ’ănî hû’ da literatura do Dêutero-Isaías, que ressaltam a unicidade do Deus verdadeiro. A terceira noção importante é a de que esse ’ănî hû’ da literatura profética se fortaleceu tanto que as tradições rabínicas proclamavam o nome de Deus com uma versão que ressaltava particularmente a intimidade e solidariedade entre YHWH e Israel: era o ’ănî wehû’ (Eu e Ele). Essa versão foi retomada pelo autor do IV Evangelho para mostrar a unidade e solidariedade entre Jesus e o Pai. Em quarto lugar, o Eu sou do IV Evangelho está a serviço da cristologia e do anúncio soteriológico que o evangelista quis ressaltar, além de mostrar quem Jesus é em relação à humanidade e o que oferece em sua missão de enviado do Pai quando o Eu sou encontra-se unido a vários predicados exclusivos para ele. Em último lugar, para o evangelista, Jesus e YHWH não são dois deuses, mas o Pai e o Filho em plena intimidade. Assim, tudo que pertence ao Pai é dado ao Filho, inclusive o seu nome sagrado; por isso, ele pode dá-lo a conhecer plenamente a todos que lhe foram confiados.", publisher = {Universidade Católica de Pernambuco}, scholl = {Mestrado em Teologia}, note = {Departamento de Pós-Graduação} }